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Jornais registram expulsões em reserva indígena na Amazônia e caso Dieudonné

O caso do humorista Dieudonné, acusado de antissemitismo pelas autoridades francesas, e a Copa do Mundo no Catar estão entre as principais manchetes desta quinta-feira, 9 de janeiro de 2013. A única notícia relativa ao Brasil está nas páginas do La Croix, que informa que o governo brasileiro começou a expulsar os invasores da reserva indígena dos Awá-Guajá, na Amazônia.

Capa dos jornais franceses L'Equipe, La Croix, L'Humanité, Le Figaro e Aujourd'hui en France desta quinta-feira, 9 de janeiro de 2014.
Capa dos jornais franceses L'Equipe, La Croix, L'Humanité, Le Figaro e Aujourd'hui en France desta quinta-feira, 9 de janeiro de 2014.
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O tráfico de madeira e a pecuária ilegal desmataram 34% da reserva indígena dos Awá-Guajá, que dependem da floresta para sobreviver, diz o diário católico La Croix. Foi uma campanha internacional com a participação de celebridades, em 2012, que alertou a população mundial sobre a situação desses índios, acrescenta o diário católico. O jornal se refere à campanha da ong Survival International, que considera os Awá-Guajá o povo "mais ameaçado do planeta".

Polêmica em torno do humorista Dieudonné

A estréia da nova temporada do humorista francês Dieudonné estava prevista para hoje, na cidade de Nantes, mas com a instrução do governo para que o espetáculo seja proibido, a batalha foi parar nos tribunais. Advogados do humorista, acusado de injúria racial e antissetimismo, tentam manter a turnê, enquanto a polêmica cresce na imprensa.

O jornal Aujourd'hui en France relata que o caso cria um grande mal-estar entre os humoristas. A maior parte dos colegas de profissão de Dieudonné condena a saudação nazista símbolo do humorista - chamada de "quenelle" pelos franceses -, as piadas infames sobre os judeus e o holocausto, mas eles reconhecem o talento do humorista e rejeitam a censura como resposta. Vários humoristas disseram ao jornal que vão combater as piadas de mau gosto de Dieudonné na mesma moeda, com humor. Em resumo, os humoristas condenam essa intromissão do governo nos palcos.

O diário conservador Le Figaro ouviu um dos advogados do humorista, que revela que a instrução do governo para a proibição do espetáculo é uma violação flagrante da liberdade de expressão, que também é garantida pela lei.

Copa do Catar

O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, disse ontem que o Mundial do Catar em 2022 não seria disputado em junho e julho, como acontece normalmente, mas sim no fim do ano, entre novembro e janeiro, para evitar as altas temperaturas que podem chegar a 50°C no Catar. A declaração gerou reclamações, conta o jornal esportivo L'Equipe, e a Fifa tratou de esclarecer que nada foi definido até o momento.

Segundo o L'Equipe, apesar de precipitada, a informação de Valcke deve se confirmar porque ninguém vê outra alternativa a não ser a mudança no calendário dos jogos. A Copa do Catar será a primeira da história a ser disputada no inverno, aposta o L'Equipe, um jornal sempre bem informado.

O Libération nota que Valcke tem uma função administrativa na Fifa e somente as instâncias eleitas da Federação Internacional de Futebol chefiadas por Joseph Blatter têm poder de decisão. O vice-presidente da Fifa afirmou que as consultas internas na entidade vão até dezembro, quando a Fifa deverá anunciar sua decisão.

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