A brasileira Vera Luiza da Costa e Silva assume, a partir de junho, a chefia do Secretariado da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, em Genebra, por um período de quatro anos. Epidemiologista formada em Medicina pela Universidade de São Paulo, ela é coordenadora do Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde da Escola Nacional de Saúde Publica (Fiocruz). Vera Luiza elogia as políticas contra o tabagismo no Brasil, mas denuncia o lobby da indústria junto ao Judiciário.
O Brasil presidiu as negociações da Convenção-Quadro sobre Controle do Uso do Tabaco, negociado por 194 países durante quatro anos (1999-2003), diante do amplo reconhecimento dos grandes danos sanitários, sociais e econômicos provocados pelo cigarro. Além disso, os resultados nacionais são exemplares: o número de adultos fumantes no Brasil caiu 20% em seis anos.
“O Brasil sempre teve criatividade nessa área e houve um esforço político muito grande, transpartidário, com a adoção de várias medidas antes que o próprio tratado fosse aprovado”, conta a especialista. “Mais que bom aluno, o Brasil foi um bom professor”, acrescenta Vera Luiza.
Trabalho em grupo
Ela explica que uma das funções da Convenção-Quadro é apoiar os países na transformação de tratados internacionais em leis locais. “Isso faz com que os países comecem a trabalhar colaborativamente na luta contra o consumo mundial, pois um país sozinho não dá conta de resolver questões como contrabando, que depende de acordos diplomáticos”.
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