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Fato em Foco

Governo brasileiro expande projetos de implantação de programas sociais na África

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O governo brasileiro está expandindo a cooperação com países africanos na implantação de programas sociais. A colaboração começou com o Bolsa Família em 2009, mas agora se estendeu também para o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA) e a Alimentação Escolar, que entram em uma nova fase a partir de maio.

Programa de Aquisição de Alimentos.
Programa de Aquisição de Alimentos. agencia.ac.gov.br- Onofre Brito/Secom
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A ideia é integrar as três iniciativas, contribuindo para o desenvolvimento de várias regiões na África, explica a consultora da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), Márcia Lopes, ex-ministra do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome, que atuou na coordenação do programa Fome Zero no governo Lula. O trabalho está em andamento há 18 meses em cinco países : Senegal, Moçambique, Malawi, Etiópia e Niger.

Agora, o projeto pode ser levado para outros países, como Gana, Togo, além de Madagascar e da Nigéria, que também se mostraram interessados.

Segundo a consultora da FAO, mais de 40 países já beneficiaram de assistência técnica, troca de tecnologia ou atividade de capacitação. Depois de deixar o Ministério, Márcia foi convidada pelo governo brasileiro e a FAO para ampliar a cooperação no Senegal, que entrará em sua segunda fase no mês de maio. O objetivo principal é ampliar e coordenar os programas sociais e a política pública no país, um dos primeiros países a aderir à cooperação.

Cooperação já traz resultados práticos

A cooperação brasileira, aliada à presença da FAO e do Programa de Alimentação Mundial já traz resultados práticos: cinco anos depois, mais de 44% das escolas no Senegal já distribuem merenda para seus alunos. "A meta é 100%", lembra a consultora da FAO. A implantação do PAA também otimizou a produção agrícola. Antes do projeto, a colheita era de 800 toneladas por hectare, passando para 1.400 na primeira etapa do programa. Na segunda etapa, a produção já passou para 3 mil toneladas.

"Eles têm formação e garantia de boas sementes, eles têm toda a assistência técnica, a compra de maquinários, depois o processo de armazenamento e beneficiamento, e a venda do arroz. Quem compra o arroz, ainda não é o governo, como no Brasil. Por enquanto é o PAM (Programa Alimentar Mundial) que paga pelos alimentos e isso representa uma renda para eles", diz a consultora.

"O programa organiza os produtores e a produção, e ao mesmo tempo compra produção para a alimentação escolar. Então ele garante mercado institucional para os produtores. No caso, as produtoras, porque o Senegal é uma cooperativa das produtoras de arroz", explica diplomata Milton Rondó, Coordenador-Geral de Ações Humanitárias no Ministério das Relações Exteriores.

Para ouvir o programa completo, clique no ícone "Ouvir."
 

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