Governo do Mali declara "guerra" contra separatistas em Kidal
O primeiro-ministro malinês, Moussa Mara, afirmou neste domingo (18) que o país está em guerra contra os separatistas tuaregues. A declaração foi feita um dia após o sequestro de 30 funcionários públicos pelo grupo, durante confrontos que deixaram 36 mortos em Kidal, no norte do Mali.
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O novo chefe de governo, nomeado em abril, estava em Kidal no sábado quando os confrontos começaram. Ele foi obrigado a se refugiar em uma base do exército quando os separatistas tomaram a escritório do governador regional.
De acordo com as autoridades locais, o episódio resultou na morte de oito militares e 28 rebeldes. Mais de 80 pessoas ficaram feridas e 30 funcionários públicos foram sequestrados. O primeiro-ministro deixou o local após o ataque e está na cidade de Gao, ao norte de Kidal.
O premiê considerou os confrontos durante sua visita como uma declaração de guerra da parte dos rebeldes. Em resposta, o chefe do governo disse que “a República do Mali está em guerra a partir de agora”. Moussa Mara também criticou as forças francesas da operação Serval e os militares das Nações Unidas instalados na região por não terem impedido ou prevenido suas equipes do episódio de sábado. “O mínimo que podemos esperar da Minusma e da Serval é garantir que o escritório do governador não será atacado”, disse ele.
Os conflitos na região começaram em 2012, quando o grupo separatista MNLA lançou uma ofensiva contra as forças malinesas no norte do país. Desde então, o governo perdeu o controle de Kidal, onde os confrontos são constantes. Neste domingo os rebeldes confirmaram que controlam a cidade. Attaye Ag Mohamed, um porta-voz do grupo, afirmou que os reféns estão sendo bem tratados e que serão libertados em breve, “pois eles são civis”.
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