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México promete ser adversário mais duro do Brasil nesta 1ª fase da Copa

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O México é o próximo adversário do Brasil na Copa do Mundo. Nesta terça-feira (17), às 16 horas do horário de Brasília, no Arena Castelão, em Fortaleza, as duas seleções jogam a sua segunda partida na competição. Na semana passada, o Brasil venceu a Croácia por 3 a 1, enquanto o México bateu a equipe do Camarões por 1 a zero. O quarto encontro destas duas equipes latinas em Copas do Mundo promete ser um páreo duro.

Equipe do México antes da partida contra Camarões, na Arena das Dunas, em Natal, na última sexta-feira (13).
Equipe do México antes da partida contra Camarões, na Arena das Dunas, em Natal, na última sexta-feira (13). REUTERS/Jorge Silva
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Em Copas do Mundo, Brasil e México já se enfrentaram três vezes. Em 1950, no Maracanã, a Seleção venceu por 4 a zero. Em 1954, na Copa do Mundo na Suíça, os brasileiros bateram o México por 5 a zero. E em 1962, no Chile, o Brasil marcou dois a zero contra os mexicanos. Já no último encontro das duas equipes, pela Copa das Confederações, no ano passado, o Brasil venceu por dois a zero.

O jogo desta terça-feira promete não ser fácil para o Brasil. Eduardo Barros, técnico da equipe sub-17 do Grêmio Novo Horizontino e colunista tático do portal Universidade do Futebol, analisa de que forma o México pode dificultar o jogo dos brasileiros. “Os principais pontos fortes da equipe mexicana são as saídas jogando, as jogadas com os alas Layún e Aguilar e a criatividade do atacante Giovani dos Santos, que joga com pouco toque de bola, sempre está desmarcado e tem o poder de definição”, aponta.

Para Barros, a vitória do México no jogo de estreia contra Camarões trará mais força ainda para a equipe do treinador Miguel Herrera. “Considerando o que os mexicanos apresentaram nesta primeira disputa, ele pode ser o adversário mais difícil para o Brasil no grupo A. Agora já não é mais o momento de pensarmos no retrospecto complicado do México durante as eliminatórias para Copa. Além disso, o clima desta competição é muito mais propício para a motivação dos jogadores e todos entram em campo para vencer”, ressalta.

Fantasma das Olímpiadas de Londres

O torcedor mexicano Felipe Pietrini Sánchez reconhece que o Brasil tem muitas vantagens sobre a equipe de Herrera, mas se sente otimista, principalmente ao lembrar de uma derrota histórica do Brasil para o México, quando a Seleção perdeu de 2 a 1 para os mexicanos na final masculina de futebol nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012.

"Estou otimista porque o México é o meu país e tenho muito orgulho dele. Acho que a nossa vitória contra o Brasil nas últimas Olimpíadas é uma grande motivação para nossos jogadores. Além disso, a equipe mexicana lutou muito para conseguir chegar a este Mundial, vai fazer seu melhor na competição e tentar bater o Brasil”, diz, esperançoso.

Rivalidade fora dos campos

Muitos analistas políticos acreditam que essa disputa entre Brasil e México nos gramados também vem se transferindo para outro campo, o econômico, no qual o México estaria despontando como o novo rival do Brasil e como a nova potência da América Latina.

O professor Nildo Ouriques, do Instituto de Estudos Latino-Americanos (IELA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) explica porque rejeita esta ideia. “Isso faz parte de um pensamento difundido pelos Estados Unidos: o de atribuir a algum país latino-americano uma certa ‘liderança’ em alguma área. Esta é uma estratégia que o Departamento de Estado dos Estados Unidos utiliza tradicionalmente para impedir uma maior integração entre os países da região”, analisa.

Para Ouriques, países que recuperaram um grau de autonomia nos últimos anos como Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina e tantos outros não vão aceitar esta ideia de liderança regional por acreditarem em uma atuação igualitária das nações. “Há desafios mais importantes, como uma maior integração latino-americana, que é cada vez mais urgente. Esta é a única saída efetiva para nossos povos e nossos Estados”, avalia.

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