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Rendez-vous cultural

Jazz à la Villette embala Paris durante duas semanas de festival

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Começa nesta quarta-feira (3) o maior festival de jazz de Paris e um dos mais importantes da França, o Jazz à la Villette. A 13ª. edição do evento reúne figuras célebres do jazz e artistas da cena independente, além de oferecer concertos para as crianças e uma mostra de cinema. Em onze dias de evento, cerca de 40 shows serão realizados nas quatro salas do parque la Villette e nos palcos do Dynamo des Banlieues Bleues e do Atelier du Plateau, no norte da capital francesa.

O festival Jazz à la Villette será realizado de 3 a 14 de setembro em Paris.
O festival Jazz à la Villette será realizado de 3 a 14 de setembro em Paris. Divulgação/Jazz à la Villette
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O tema do festival este ano é "Jazz is not Dead”, ou seja, "o Jazz não está morto". O responsável pela programação do festival, Vincent Anglade, explica que a ideia partiu de uma frase do músico norte-americano Frank Zappa: “O jazz não está morto. Ele apenas ficou com um cheiro estranho" . “A mensagem que queremos passar nesta edição é que o jazz evoluiu, que hoje este estilo está mais surpreendente e muito mais louco”, diz. 

Anglade explica que, embora os grandes nomes do jazz como como Miles Davis, John Coltrane, Charlie Parker, não estejam mais aqui hoje, há muitos jovens artistas que levam o estilo a diferentes direções. “Alguns dão sequência a criações dentro deste gênero musical, mas outros vão mais longe, e chegam até mesmo no limite daquilo que podemos chamar de jazz", reitera.

Line-up

Na programação, o line-up do Jazz à la Villette traz nomes importantes deste estilo, como os norte-americanos Charles Bradley e Maceo Parker, o israelense Avishai Cohen, o cubano Roberto Fonseca, e a cantora belga Melanie de Biasio. Mas o evento também abre espaço a artistas ligados a outros movimentos musicais, como a cantora britânica de neo soul, Laura Mvula, e o cantor francês de electrop, Cascadeur.

"A estes músicos que vêm de outros universos musicais, pedimos que se aproximassem mais do jazz especialmente para o festival”, explica. “É o caso por exemplo de Cascadeur, um jovem francês do electropop. Como em seu último álbum, ele toca com músicos do jazz, perguntamos se ele aceitaria adaptar ainda mais suas criações para este evento. E ele ficou muito feliz com a proposta", conta Anglade.

Homenagem a 1959

Esta edição do Jazz à la Villette também homenageia o ano de 1959, quando foram lançados álbuns como "Kind of Blue", de Miles Davis, "Mingus Ah Um", de Charles Mingus, e "The Shape of the Jazz to Come", de Ornette Coleman. Foi também em 1959 que Ray Charles conquistou as paradas musicais do mundo inteiro com o hit “What I’d Say”, considerada até hoje uma das melhores músicas de todos os tempos.

Para homenagear esse ano mágico, o festival vai realizar uma espécie de maratona de shows logo no primeiro fim de semana do evento, que vão relembrar álbuns e faixas míticas do jazz em 1959. Dentro deste programa, no sábado (6) apresentam-se Antoine Hervé, Omar Sosa, James Carter e Eric Legnini. No domingo (7), é a vez de Stéphane Belmondo, do grupo Get the Blessing, Henri Texier e Robin McKelle.

Para ilustrar a influência do 1959 nas telonas, os cinemas MK2 Quai de Seine e MK2 Quai de la Loire, em parceria com os organizadores do evento, propõem três longas-metragens: “Dois Homens em Manhattan”, de Jean-Pierre Melville; “Shadows”, de John Cassavettes, e “Quanto mais quente melhor”, de Billy Wilder.

Para as crianças

Nos dois fins de semana do Jazz à la Villette, os pequenos também terão a diversão garantida coma versão Kids do festival: três ciné-concerts, ou seja, shows que são realizados durante a mostra de filmes. Outros dois shows lúdicos de jazz, no dia 14 de setembro, também prometem colocar os petits para dançar.

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