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Linha Direta

Favorito do Mundial de Surfe no Havaí, brasileiro abre caminho para nova geração

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Começa nessa segunda-feira (8), no Havaí, a final do Circuito Mundial de Surfe, o WCT. E pela primeira vez nos 38 anos de campeonato, um brasileiro lidera o ranking mundial e chega como o grande favorito. Gabriel Medina, de 20 anos, já faz história.

A performance de Gabriel Medina captada no Instagram.
A performance de Gabriel Medina captada no Instagram. #gabrielmedina
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Cleide Klock, correspondente da RFI Brasil no Havaí

O fim do Circuito Mundial de Surfe, WCT, sempre acontece na praia de Pipeline, que fica na Costa Norte da Ilha de Oahu, a mais populosa aqui no Havaí. A competição tem 11 fases (em 8 países) e os 36 surfistas da elite mundial pontuam o ano inteiro e, em alguns casos, antes da final já são vencedores. Mas nesse ano a decisão realmente vai ser aqui. E o campeonato está previsto para acontecer de hoje - oito de dezembro até o dia 20 - mas só acontece nos dias que têm ondas. Então, se logo nesses primeiros dias as ondas estiverem propícias, a competição pode terminar bem antes ou, ao contrário, se o mar não estiver perfeito, os organizadores esperam as melhores condições para os surfistas entrarem na água.

Gabriel Medina é favorito

O brasileiro chega aqui como o grande favorito, é o primeiro do ranking e ganhou três etapas muito importantes nesse ano - na Austrália, nas ilhas Fiji e no Taiti - mas logo atrás estão dois craques do surfe: em segundo está o australiano Mick Fanning - que foi três vezes campeão mundial e, em terceiro, Kelly Slater, dono de onze títulos de campeonatos mundiais.

Rivais experientes

Para ganhar o título, Gabriel vai ter que enfrentar a experiência dos outros surfistas. Gabriel tem apenas 20 anos, o  Kelly tem 42; e quando o Medina estava nascendo, o americano já tinha sido campeão nessas águas de Pipeline, para ter uma ideia. O Mick Fanning tem 33 anos e compete há 18 anos. Mas o Medina é a promessa da nova geração, e ele começou cedo também, aos 8 anos de idade, em Maresias, litoral Norte de São Paulo. Aos 11, ganhou o primeiro campeonato brasileiro e aos 15, o primeiro torneio mundial. Ele está há três anos no grupo de elite e é impressionante vê-lo na água, ele dá mortais de costas na crista da onda e agora tem essa possibilidade de levar esse título inédito no Brasil.

Pontuação para ganhar

Gabriel não precisa ficar necessariamente em primeiro lugar para ser campeão, é claro que seria mais bacana. Mas tem toda uma conta a ser feita.

Se o Medina chegar na etapa final, por exemplo, ele já poderá comemorar o título independentemente de quem seja o adversário e de qual seja o resultado da final. Porém, se ele vencer só uma ou duas baterias depende diretamente dos resultados de Fanning e Slater, que aí não poderão chegar na final, basicamente. Então ele depende da matemática, do vento, das ondas e principalmente dele mesmo....

Mas tudo indica que o mar de 2014 está para ele e lembrando que se o Gabriel Medina ganhar, será o primeiro sul-americano a faturar o título de melhor do mundo na categoria masculina. E além desse feito, Medina já é responsável por colocar o esporte em uma outra categoria no Brasil, assim como aconteceu com o Guga no tênis. Ele vai provavelmente abrir o caminho para outros atletas dessa nova geração e inclusive a busca por patrocinadores pode ser menos árdua para os atletas que apostam no surfe e querem seguir carreira.

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