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França/Terrorismo

Marcha em Paris contra o terrorismo terá medidas excepcionais de segurança

Mais de cinco mil policiais vão estar nas ruas da capital francesa neste domingo (11) para garantir a segurança de milhares de pessoas e dos chefes de Estado e de governo que participarão da “marcha republicana” em homenagem às vítimas dos recentes ataques terroristas na França.

Militares fazem a segurança ao redor da Torre Eiffel neste sábado, 10 de janeiro.
Militares fazem a segurança ao redor da Torre Eiffel neste sábado, 10 de janeiro. REUTERS/Gonzalo Fuentes
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O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, detalhou neste sábado (10) o “dispositivo excepcional” de segurança que será adotado neste domingo em Paris durante a mobilização para homenagear as 17 vítimas dos ataques e mostrar a união dos franceses contra o terrorismo.

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, espera “milhões” de cidadãos nas ruas. Além da população, diversas personalidades políticas confirmaram presença na mobilização inédita. No total, serão mais de 40 chefes de Estado e de governo no evento.

Ao lado do presidente François Hollande e de toda a cúpula do governo francês, estarão diversos líderes europeus como a chanceler alemã, Angela Merkel, os primeiros-ministros da Grã-Bretanha, David Cameron, da Itália, Matteo Renzi, e da Espanha, Mariano Rajoy.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netaniahu, e o chanceler, Avigdor Lieberman, confirmaram presença na marcha para “prestar homenagens às vítimas dos ataques terroristas e expressar seu apoio ao povo francês e a seus dirigentes”, segundo comunicado emitido pela embaixada de Israel em Paris.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, também estará no evento assim como o primeiro-ministro da Turquia, e os presidentes muçulmanos do Mali e do Senegal. Os Estados Unidos decidiram enviar o ministro da Justiça, Eric Holder, para participar da mobilização. O Brasil será representado pelo embaixador na França, José Maurício Bustani.

Esquema com atiradores de elite nos prédios

Cinco mil e 500 policiais estarão nas ruas da capital francesa. O esquema prevê 2.200 homens para garantir a segurança dos manifestantes. O restante foi escalado no âmbito do Plano Vigipirate de combate ao terrorismo que prevê o reforço de segurança para proteger locais considerados “sensíveis” como a sede de empresas de comunicação, monumentos turísticos e as representações diplomáticas estrangeiras na capital.

O alerta para terrorismo foi mantido em nível máximo em Paris e nas cidades vizinhas, o que significa alto risco de realização de atentados.

Atiradores de elite estarão posicionados em cima dos prédios durante o percurso. A marcha partirá às 15h, pelo horário local, da Praça da República, na região central de Paris, e terminará na Praça da Nação, no leste da cidade, dois pontos muito simbólicos da cidade. Um segundo trajeto foi elaborado para o desfile das personalidades públicas que ficarão pouco tempo na mobilização, mas o percurso não foi revelado.

Toda a operação tem o objetivo de evitar que o evento, considerado de altíssimo risco, aconteça sem incidentes. Segundo uma fonte policial, os grandes riscos neste tipo de evento são: o lançamento de um carro contra a multidão e a presença dissimulada de terroristas no cortejo ou posicionados nos tetos dos prédios ou sacadas de apartamentos.

O presidente francês irá receber no Palácio do Eliseu todos os chefes de Estado e de governo antes de seguir até a Praça da República. No total, 56 equipes de policiais com motos foram escaladas para escoltar as personalidades políticas.

 

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