Europa vira as costas para escalada da violência na Ucrânia
A crise ucraniana volta a estampar os jornais deste sábado (31). O Libération afirma na capa e em editorial que o presidente russo, Vladimir Putin, parece imune às sanções econômicas impostas pela Europa. Resultado: o conflito às portas da Europa não dá trégua.
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Para o jornal Libération, a população civil na Ucrânia está cada dia mais vulnerável à violência dos combates e se tornou um alvo frequente dos ataques dos rebeldes pró-russos instalados no leste da Ucrânia.
Em editorial, o Libé avalia que uma verdadeira guerra acontece “às portas da Europa”, mas os líderes do continente fazem vista grossa. A preocupação com a ameaça jihadista, escreve o jornal, faz com os europeus não dêem a devida importância ao problema ucraniano.
Até o momento, a Europa tem se contentado em adotar sanções econômicas contra Rússia, o grande aliado dos rebeldes separatistas. Mas, apesar de terem abalado a economia da Rússia, as medidas surtiram pouco efeito no campo de batalha. E os separatistas pró-russos se mostram cada dia mais fortes. Diante desse quadro, o Libération se indaga: será que a Europa vai abandonar o leste da Ucrânia como fez com a Crimeia?
Radicalismo nas prisões assusta as autoridades francesas
Para o Figaro, a pergunta da manchete de hoje é: como lutar contra o islamismo nas cadeias francesas? Os irmãos Kouachi, que provocaram o massacre contra a redação do Charlie Hebdo, e Amedy Coulibaly, que matou uma policial e quatro reféns em supermercado judaico, comprovam essa teoria da radicalização de jovens nas prisões.
As autoridades francesas já identificaram pelo menos 200 detentos radicais nas prisões. Segundo o jornal, todos os meses, na França, 20 novos jihadistas são admitidos no sistema carcerário do país. Muitos têm passagem pela Síria, pelo Iraque e experiência de combate ao lado de terroristas nesses países.
Especialistas destacam que nem todos esses presos radicais vão, necessariamente, pegar em armas e cometer atentados. Mas eles são igualmente perigosos ao conseguirem cooptar outros detentos para as suas doutrinas extremistas.
A solução, conclui o jornal, terá que ser inventada pela própria França, já que os países vizinhos que enfrentam problemas semelhantes, também estão à procura de respostas.
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