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Imprensa

Economia da Tunísia pode sofrer com atentado contra turistas

O extremismo islâmico atinge a Tunísia. Esse é o grande destaque dos jornais franceses desta quinta-feira (19) que ainda estão perplexos com o atentado no coração da capital tunisiana.

Turistas que sobreviveram ao ataque no Museu do Bardo na Tunísia no dia 18 de março de 2015.
Turistas que sobreviveram ao ataque no Museu do Bardo na Tunísia no dia 18 de março de 2015. REUTERS/Zoubeir Souissi
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A capa do jornal Libération é forte. A foto mostra uma multidão que aplaude a chegada das forças armadas na cena do atentado e a manchete não poderia ser mais clara: "A Tunísia tornou-se refém". Para o diário de esquerda, esse atentado, que deixou 22 mortos, sendo 17 estrangeiros, afeta a única verdadeira democracia do mundo árabe.

O Libération avalia ainda que a Tunísia foi a única a conseguir superar as tentações que vieram após a Primavera Árabe. Na vizinha Líbia, a instabilidade alimenta o extremismo. No Egito, o exército voltou ao poder para atacar "o extremismo, mas, também, a democracia". Quanto à Tunísia, após o atentado de ontem, o jornal teme que o país também seja obrigado a reforçar a política de segurança, o que pode acabar representando uma ameaça à sua jovem democracia.

A outra vítima: a economia da Tunísia

"O atentado contra o Museu do Bardo é um golpe muito duro para o turismo da Tunísia, que já está em uma crise profunda depois da revolução de 2011", escreve Le Figaro. De acordo com o jornal, o turismo é um dos principais motores econômicos, gerando cerca de 7% do PIB do país.

Desde o ano passado, os turistas estrangeiros, principalmente alemães, italianos e britânicos, começavam a impulsionar esse renascimento da atividade turística local. Mas o ataque de ontem, que matou justamente visitantes vindos do exterior, pode ser a pá de cal dessa retomada econômica. Um jovem entrevistado pelo jornal é taxativo: "O turismo é a nossa economia. Sem ele, não vamos conseguir sobreviver. Jamais".

 

 

 

 

 

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