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África do Sul/Xenofobia

Zuma pede calma e milhares protestam contra xenofobia na África do Sul

Nesta quinta-feira (16), em Joanesburgo, cerca de 5.000 pessoas saíram às ruas para protestar contra a onda de violência contra estrangeiros, principalmente na cidade de Durban. Seis pessoas, entre moçambicanos e etíopes, foram mortas. O presidente Jacob Zuma pediu calma à população. 

Sul-africanos protestam contra os ataques aos estrangeiros em Joanesburgo em 16 de abril de 2015.
Sul-africanos protestam contra os ataques aos estrangeiros em Joanesburgo em 16 de abril de 2015. REUTERS/Akintunde Akinleye
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A população sul-africana se mobilizou em peso para mostrar a indignação diante da violência contra os estrangeiros no país nas últimas três semanas, principalmente em Durban, onde seis comerciantes moçambicanos e etíopes foram atacados e mortos. Suas lojas também foram pilhadas.

Ao lada da "marcha da paz" de hoje, uma outra passeata reuniu 200 anti-imigrantes, que foram reprimidos pela polícia com bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. Os revoltados acusam os estrangeiros de competir com os comerciantes locais em plena crise econômica, de residir ilegalmente no país e até mesmo de cometer crimes.

Presidente pede calma

A onda de violência atingiu Joanesburgo nesta quinta-feira (16), relembrando os conflitos de 2008 na cidade, quando mais de 60 pessoas perderam a vida em ataques do gênero.

O presidente Jacob Zuma, discursando no Parlamento, condenou os atos, que classificou como "violação dos valores sul-africanos". Zuma afirmou que nenhum sentimento de frustração ou revolta pode justificar esses ataques. Ao mesmo tempo, garantiu que seu governo está reforçando o controle das fronteiras para evitar a entrada ilegal de pessoas vindas dos países vizinhos.

O contexto

Com 50 milhões de habitantes, a África do Sul tem cerca de cinco milhões de imigrantes. A taxa de desemprego atinge 25% e chega a 40% quando se trata de jovens trabalhadores.

Os estrangeiros ameaçados acusam as autoridades de reagir tardiamente aos ataques. As embaixadas de Moçambique, Malawi e Somália estão organizando o repatriamento de seus cidadãos que estão isolados em campos sob proteção policial.

 

 

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