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Imprensa

Multas para quem sujar ruas de Paris podem chegar a R$ 283

Quem for flagrado sujando a capital francesa vai ser obrigado a pagar multas caras, avisa a edição desta quarta-feira (2) do jornal Aujourd'hui en France, que em sua manchete pede um "basta" para a sujeira na cidade mais visitada do mundo.

Capa do jornal francês Aujourd'hui en France.
Capa do jornal francês Aujourd'hui en France.
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Moradores e principalmente turistas admiram a arquitetura da cidade, se encantam com as atrações culturais e as belezas naturais de Paris, mas reclamam muito do que encontram pelas ruas. Dejetos de cachorros, papéis no chão e até urina não passam despercebidos por quem vive ou está na cidade só de passagem, nota o diário.

Depois de várias campanhas de sensibilização, a prefeitura parisiense decidiu agir, e para isso vai mexer no que as pessoas não gostam: o bolso. Um decreto aprovado no mês de março autoriza fiscais a aplicar, a partir o dia 1° de outubro, multas que variam entre € 35 e € 68 (R$ 158 a R$ 283) para todos que sujarem as vias públicas. A punição pode ser para um fumante que jogar bitucas de cigarro no chão até para o desavisado que descartar chicletes nas ruas ao invés de colocá-los nas latas de lixo.

Para sensibilizar os cidadãos, fiscais irão às ruas durante este mês aplicar “falsas multas”, que terão um efeito educativo. A reportagem do Aujourd'hui en France acompanhou a "autuação" de um fiscal que flagrou um jovem vendedor jogando a bituca de seu cigarro no chão, apesar de estar poucos metros distante de um cinzeiro público.

Segundo o jornal, ele prometeu mudar seu comportamento daqui por diante para escapar da multa de € 68. Uma brigada de novos inspetores está sendo formada para coibir as "incivilidades", apesar de que Paris já conta com um "exército" de 5.600 agentes para garantir a limpeza das ruas e mais de 30 mil cinzeiros espalhados pela cidade.

Exemplos dos japoneses

Além de informar que Paris vai "endurecer o tom" contra os que sujarem a cidade, Aujourd'hui en France revela, ao mesmo tempo, que várias iniciativas espontâneas existem para contribuir com a limpeza da capital.

Entre elas está a Ong Green Bird, uma das mais "antigas e atípicas", de Paris. Há oito anos, explica o jornal, expatriados japoneses se reúnem uma vez por mês para limpar os lugares turísticos da cidade.

Aujourd'hui en France entrevistou o japonês Yoshiko, de 40 anos, que levou um verdadeiro choque em 2004 ao conhecer a capital francesa e constatar as condições da cidade. O jornal lembra que a decepção dos japoneses quando descobrem que a maior vitrine da França não corresponde à imagem idealizada já foi batizada de "síndrome de Paris".

Yoshiko defende a postura da prefeitura de Paris na sua batalha contra a sujeira e critica o comportamento dos moradores da cidade que, segundo ele, ainda "têm muito o que fazer e aprender" sobre limpeza urbana.
 

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