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Vendas de armamento da França devem bater novo recorde em 2016

O sucesso da indústria bélica francesa é um dos assuntos desta quinta-feira (11) no jornal econômico Les Echos. O ano de 2015 bateu recordes de vendas e a expansão do setor deve continuar este ano, de acordo com o diário.

Com a possível venda de 36 aviões de caça Rafale à Índia, fragatas para o Catar, submarinos para a Austrália e helicópteros de combate para a Polônia e o Kuwait, a França continua dividindo uma boa fatia do bolo do mercado mundial de armas.
Com a possível venda de 36 aviões de caça Rafale à Índia, fragatas para o Catar, submarinos para a Austrália e helicópteros de combate para a Polônia e o Kuwait, a França continua dividindo uma boa fatia do bolo do mercado mundial de armas. STRINGER / AFP
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A constatação do Les Echos é baseada no relatório da Direção Geral de Armamento (DGA) publicado no dia anterior. Em 2015, a indústria armamentista bateu um recorde com € 16 bilhões de encomendas, ou seja, praticamente o dobro em relação a 2014, que registrou negócios avaliados em €8,2 bilhões.

O desempenho levou o país a uma nova escala de produção e o dinamismo do setor deve continuar este ano, analisa o diretor-geral da DGA, Laurent Collet-Billon. Ele acredita que as exportações francesas em 2016 deverão manter o mesmo nível do ano passado, mesmo com a queda dos preços do barril de petróleo.

Em entrevista ao Les Echos, Collet-Billon se mostra otimista com as negociações da França para vender de 36 aviões de caça Rafale à Índia. “O avião é excelente e corresponde às necessidades da Força Aérea Indiana”, avalia.

Concorrência no mercado internacional

Além dos aviões de caça, a França compete no mercado internacional para vender fragatas para o Catar, submarinos para a Austrália, helicópteros de combate para a Polônia e o Kuwait, e satélites de observação militar para o Egito e a Arábia Saudita.

Mas nem sempre é fácil vender produtos nesse mercado, lembra o jornal, ao citar a decisão do novo governo polonês de questionar o processo de licitação de compra de 50 helicópteros de transporte Caracal fabricados pela Airbus Helicopters.

O jornal observa que muitos países não querem mais só comprar os produtos e material bélico. Eles exigem parcerias e transferência de tecnologia, o que obriga a DAG, órgão encarregado de promover inovações no sistema francês de defesa, a repensar suas estratégias, diz o texto.

O setor emprega direta ou indiretamente 165 mil pessoas e é um segmento que requere profissionais altamente qualificados, cujos empregos não podem ser transferidos para outro país. Para acompanhar o dinamismo previsto este ano, o setor prevê a criação de mais 500 postos de trabalho nos próximos três anos, informa Les Echos.

 

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