“Jaci é microcosmo de problemas do Brasil”, diz diretor de documentário
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O documentário "Jaci - Sete pecados capitais de uma obra amazônica", realizado pela ONG Repórter Brasil, acaba de receber em Medellin, na Colômbia, o prêmio Gabriel Garcia Marquez de melhor Imagem. Dirigido por Carlos Juliano Barros e Caio Cavechini, o filme mostra sob todos os ângulos - dos mais divertidos aos mais violentos e dramáticos - o processo de construção de Jirau, uma das maiores hidrelétricas do Brasil, no Rio Madeira, em Rondônia.De passagem por Paris para apresentar o documentário no Festival "Brésil en Mouvements", Carlos Juliano explicou que Jaci Paraná é o povoado que ficou espremido entre as duas usinas, Santo Antônio e Jirau, e é o local onde ocorreu a maior parte das gravações. "A ideia do filme não é só mostrar os impactos sociais e ambientais, mas também mostrar um pouco da vida desses trabalhadores e Jaci é a cidade onde uma boa parte deles mora. O filme também tem a intenção de mostrar a vida social deles, os cabarés, os amores com as prostitutas, enfim, é por isso que o filme se chama Jaci", ele explica.Os impactos da construção da usina - sociais, ambientais, humanos e psicológicos - são associados aos sete pecados capitais, da luxúria à ira, representada por duas greves violentamente reprimidas. Um aspecto interessante é que os próprios trabalhadores também filmaram com seus celulares imagens em locais aos quais a equipe não tinha acesso. " Jaci é um microcosmo que resume boa parte dos problemas que temos no Brasil", observa Carlos Juliano.
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