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Pierre Aderne, músico: "A ideia é levar a sala de casa para o mundo"

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Compositor, cantor, documentarista, Pierre Aderne passeia pelo mundo como se estivesse em casa. Filho de pai português e mãe brasileira, ele nasceu na França e era pequeno ainda quando a família foi viver em Brasília. Cresceu ouvindo toda uma geração de artistas, dos baianos Gil, Caetano, Gal e Betânia, passando por João Gilberto, Dominguinhos e tantos outros. O fascínio do menino pela música definiria a sua estrada da vida.Adulto, Pierre foi morar no Rio, onde fez amigos e muitas parcerias, entre elas, com Seu Jorge. "Minha turma era uma mistura de gerações, acho que o Rio tinha isso, no baixo Leblon, no Real Astória, na pizzaria Guanabara, aquelas noites que terminavam pelas manhãs...".Hoje, o artista vive em Lisboa e uma comparação com o Rio de sua época é inevitável: "Lisboa é hoje o que o Rio foi, esse ponto de encontro da África lusofona do Brasil, do jazz, da música brasileira contemporânea, dos artistas que vivem nas pequenas diásporas nesses exílios interessantes musicais", reflete.Bon vivant, agregador, ele é aquele "que conhece todo mundo", na casa de quem Caetano, Gil, Seu Jorge, só para citar alguns, vão tocar violão e beber um bom vinho quando estão em Lisboa.A ideia de realizar documentários começou com a vontade de mostrar as reuniões em sua casa sobre a música portuguesa tradicional como os cantos de Cabo Verde ou o fado; depois veio o conceito chamado "Desafinado", em Nova York, com artistas da world music, do jazz e da música brasileira. Seu trabalho mais recente se chama  "Rua das Pretas", a rua onde ele vive em Lisboa."A ideia é levar a minha sala de casa para o mundo", diz Pierre, sorrindo, enquanto leio a frase tatuada no seu braço direito: "Quem tem um bem, tem um barco".  

LC
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