Companhias aéreas acatam Pequim e citam Taiwan como parte da China
Após três meses de pressão, companhias aéreas internacionais começam a ceder à pressão da China para que citem Taiwan como território chinês nos sites de reserva.
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A autoridade chinesa de aviação civil pediu em abril que 36 companhias estrangeiras deixassem de apresentar Taipé, apenas como capital de Taiwan, como se a ilha fosse um Estado independente. A China comunista considera Taiwan como parte integrante de seu território, mesmo que a ilha seja dirigida por um regime rival desde 1949.
Companhias americanas como American Airlines, United, Delta e Hawaiian Airlines anunciaram que vão adotar a medida. A Cathay, de Hong Kong, já o fez, acrescentando os destinos Taipé e Kaohsiung com a menção “Taiwan, China”.
Outras grandes empresas mundiais como Air France, KLM, British Airways, Lufthansa, Finnair e SAS também resolveram acatar o pedido de Pequim.
Orwell
Em maio, a Casa Branca havia qualificado as exigências de Pequim como “absurdo orwelliano”, referindo-se à obra literária de George Orwell.
Taiwan condenou “a insolência” de Pequim, que usa seu peso político e econômico para pressionar empresas estrangeiras. “A existência de Taiwan aos olhos da comunidade internacional é um fato objetivo, que não vai desaparecer porque Pequim decidiu assim”, declarou o ministério taiwanês de Relações Estrangeiras.
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