Acesso difícil prejudica busca de sobreviventes de terremoto em Mianmar
O terremoto que atingiu o leste de Mianmar, ex-Birmânia, na quinta-feira, deixou pelo menos 75 mortos e 100 feridos, segundo balanço provisório das autoridades locais. O tremor de terra de 6,8 pontos na escala Richter aconteceu no chamado Triângulo de Ouro, em uma área montanhosa de difícil acesso entre Mianmar, Tailândia e Laos.
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Pelo menos 400 casas foram atingidas em quatro cidades e municípios situados perto do epicentro do terremoto. Monastérios budistas e edifícios públicos também teriam sido destruídos. A região mais atingida se encontra entre as cidades de Tachilek et Kengtung, em Mianmar. Segundo fontes locais, o exército e a polícia tentam buscar feridos nas zonas afetadas, mas as estradas na região estão cortadas.
Do lado tailandês da fronteira, uma mulher de 52 anos morreu e 16 pessoas ficaram feridas, entre elas, sete birmaneses e cinco chineses. Apesar de terem cidades próximas à região atingida, nem a Tailândia nem o Laos sofreram grandes danos.
Isolamento
Segundo Ben Philips, da organização humanitária Save the Children em Bangcoc, o isolamento da região atingida poderia ter limitado o impacto do terremoto, mas também complica a obtenção de informações.
O epicentro foi localizado pelo Instituto Geofísico Americano (USGS) a 90 km de Chiang Rai, no norte da Tailândia, dentro do território de Mianmar, mas o tremor foi sentido em uma vasta zona que vai até Hanói, a capital do Vietnã, no extremo leste da península. Na China, o terremoto provocou fissuras em edifícios. O temor das réplicas fez várias pessoas passarem a noite fora de casa. No total, quase 6.000 pessoas foram afetadas, segundo o ministro chinês de Assuntos Civis.
O tremor de terra acontece treze dias depois do terremoto no Japão, que causou um tsunami e fez mais de 27 mil mortos e desaparecidos. Mas, segundo especialistas, Mianmar e Japão se situam em placas tectônicas diferentes e os dois terremotos provavelmente não estão relacionados.
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