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TPI/Haia

Gbagbo diz que só foi detido por causa dos bombardeios franceses

Laurent Gbagbo, ex-presidente da Costa do Marfim, suspeito de ter cometido crimes contra a humanidade em seu país após a eleição presidencial de 2010, declarou ao Tribunal Penal Internacional de Haia que sua prisão só foi possível graças aos bombardeios franceses, no dia 11 de abril passado. "As Forças Armadas francesas fizeram o trabalho", disse Gbagbo em sua primeira audiência no TPI.

O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo espera a chegada do juiz no TPI de Haia, nesta segunda-feira.
O ex-presidente da Costa do Marfim Laurent Gbagbo espera a chegada do juiz no TPI de Haia, nesta segunda-feira. REUTERS/Peter Dejong/Pool
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Gbagbo, de 66 anos, é o primeiro ex-chefe de Estado a ser entregue ao TPI. Preso desde quarta-feira passada em Haia, ele é apontado como co-autor indireto de crimes contra a humanidade durante a onda de violência registrada na Costa do Marfim após as eleições presidenciais de 2010. Derrotado nas urnas, Gbagbo foi retirado à força do poder para o vencedor, Alassana Ouattara, assumir o cargo.

As acusações do TPI envolvem execuções sumárias, estupros, torturas e outros atos desumanos cometidos por soldados e milícias fiéis ao ex-presidente, entre dezembro de 2010 e abril de 2011. Durante a audiência que durou menos de 30 minutos, a presidente da sessão no TPI, Silvia Fernandez, fixou para 18 de junho de 2012 a confirmação das acusações contra Gbagbo. Essa formalidade é uma etapa anterior ao eventual julgamento do ex-chefe de Estado.

A onda de violência na Costa do Marfim deixou 3 mil mortos. No dia 11 de dezembro acontecem as primeiras eleições legislativas da era pós-Gbagbo num contexto de reconciliação entre seus partidários e os do novo presidente, Alassane Ouattara.

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