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Rússia/eleições

Pelo menos 500 são presos em passeatas na Rússia contra fraudes nas eleições

A polícia russa reprimiu duramente as novas passeatas da oposição russa, na noite desta terça-feira, em Moscou e São Petersburgo. As manifestações visam denunciar fraudes na vitória do partido Rússia Unida nas eleições legislativas deste fim-de-semana.

Ativistas russos protestam contra os resultados de eleições parlamentares em Moscou, nesta terça-feira.
Ativistas russos protestam contra os resultados de eleições parlamentares em Moscou, nesta terça-feira. REUTERS/Sergei Karpukhin
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Cerca de 500 manifestantes foram detidos e dois líderes da oposição, presos desde segunda-feira, foram condenados a 15 dias de prisão. Vários responsáveis dos movimentos de oposiçao foram presos, entre eles ex vice primeiro-ministro Boris Nemtsov. A polícia afirma ter detido 250 pessoas em Moscou e pelo menos 200 em Sao Peterburgo. Na segunda-feira outras 300 pessoas também foram presas durante um primeiro protesto na capital russa.

Enquanto isso, continuam as críticas da comunidade internacional sobre a credibilidade das eleições legislativas na Rússia. A secretaria de Estado norte-americana Hillary Clinton questionou a imparcialidade das eleições. França, Alemanha e Grã-Bretanha também pedem que uma investigação seja feita para apurar as irregularidades constatadas durante as eleições. O ministério francês das Relações Exteriores também se disse preocupado com as prisões de manifestantes nas ruas da Rússia.

A dominação de Vladimir Putin na vida política russa pode estar chegando ao fim, e a Internet, mais uma vez, demonstra seu poder de influência. Com a imprensa e a oposição censuradas, os russos saíram nas ruas motivados pelos vídeos postados nas redes sociais exibindo imagens das fraudes. Alguns estimam que pelo menos 30% dos votos foram manipulados. O partido Rússia Unida, de Putin, venceu oficialmente com quase 50% dos votos, mas registrou uma queda de 15 pontos percentuais em relação à eleição anterior de 2007.

 

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