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Rússia/Eleição Presidencial

Russos formam corrente humana contra Putin no centro de Moscou

Milhares de opositores formaram neste domingo uma corrente humana em torno do centro de Moscou sob o slogan "Por eleições limpas" para expressar sua rejeição ao primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, favorito para as eleições presidenciais que serão realizadas no próximo domingo. 

Militantes da oposição enfrentam o frio para fazer corrente humana contra a eleição de Vladimir Putin na presidência.
Militantes da oposição enfrentam o frio para fazer corrente humana contra a eleição de Vladimir Putin na presidência. REUTERS/Sergei Karpukhin
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A corrente humana foi organizada na parte interior de Sadovoye Koltso (anel dos jardins), a longa avenida anular de 16 quilômetros que rodeia o centro da capital russa. Muitos participantes usavam um laço de fita branca no peito, cor escolhida pela oposição para simbolizar os protestos pacíficos. A polícia russa contabilizou 11 mil participantes, mas os organizadores falam em 30 mil manifestantes nas ruas.

Um dos líderes da oposição, Boris Nemtsov, saudou o sucesso do "círculo branco". "Não deixemos Putin entrar no Kremlin", afirmou. O protesto também contou com a participaçéao do líder nacionalista Alexei Navalny, que faz da corrupção sua linha de ataque, do ex-campeão de xadrez Garry Kasparov, engajado na oposição liberal, do escritor Boris Akunine, e do líder da Frente de Esquerda Serguei Oudaltsov.

As autoridades russas mobilizaram helicópteros e tropas antichoque, mas nenhum incidente violento foi registrado. Outras manifestações anti-Putin aconteceram em São Petersburgo, Rostov, Ijevsk e Oufa. 

Putin, do partido Rússia Unida, é o favorito para vencer as presidenciais de 4 de março já no primeiro turno com 50 a 66% dos votos, segundo as sondagens. O primeiro-ministro e ex-agente da KGB, que dirigiu a Rússia de 2000 a 2008, enfrenta quatro adversários: Guenadiy Zyuganov, do Partido Comunista; Serguei Mironov, do Partido Rússia Justa; Vladimir Zhirinovsky, do Partido Liberal Democrata, e o empresário Mikhail Prokhorov, sem partido, que conseguiu os dois milhões de assinaturas exigidos pela legislação eleitoral.

Analistas chamam a atenção para o alto risco de fraudes durante a votação, como aconteceu durante as eleições parlamentares de novembro passado que consacraram o Rússia Unida como partido majoritário no parlamento.

   

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