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UE/Rússia

Europeus ameaçam acionar justiça internacional contra Assad

Os dirigentes europeus, reunidos em Bruxelas nesta sexta-feira, engrossaram o tom contra a violência que toma conta da Síria. Os líderes do velho continente ameaçaram acionar a justiça internacional para que os responsáveis sírios “respondam por seus atos”. Até mesmo a Rússia tem atenuado seu apoio ao presidente Bashar al-Assad. A França decidiu fechar sua embaixada em Damasco.

Líderes europeus durante reunião de cúpula em Bruxelas nesta sexta-feira.
Líderes europeus durante reunião de cúpula em Bruxelas nesta sexta-feira. REUTERS/Francois Lenoir
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Os europeus ameaçaram acionar a justiça internacional, numa tentativa de punir o regime sírio pelas violências cometidas desde o início do movimento de protestação popular que já resultou na morte de mais de 7 mil pessoas. O presidente do bloco, Herman Van Rompuy disse que o grupo quer fazer com que “os responsáveis das atrocidades sírias respondam por seus atos”. Segundo ele, a situação no território sírio ultrapassou seus limites e que o governo “terá que se justificar um dia ou outro diante da justiça”.

Do lado dos líderes europeus, as críticas a Bashar al-Assad são cada vez mais duras. O primeiro-ministro britânico acusa o presidente de “massacrar seu próprio povo”. Já o presidente francês Nicolas Sarkozy denunciou o “escândalo” da repressão no país e anunciou o fechamento da embaixada da França em Damasco. Questionado sobre um possível fornecimento de armas para a oposição síria, Sarkozy declarou que se as Nações Unidas criarem um dispositivo jurídico para isso, Paris poderia “dar um passo suplementar para ajudar os democratas na Síria”.

Teoricamente, os europeus não podem lançar um processo contra Bashar al-Assad no Tribunal Penal Internacional (TPI), já que a Síria não faz parte dos países signatários da convenção que rege a instituição. Porém, uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas poderia contornar o obstáculo, mesmo se para isso os europeus teriam que convencer a China e a Rússia, que continuam apoiando o regime de Damasco.

No entanto, a situação começa a mudar, pois Moscou tem atenuado seu discurso e defende cada vez menos o regime de Bashar al-Assad. O primeiro-ministro russo Vladimir Putin disse nessa sexta-feira que seu país não tem nenhuma relação privilegiada com a Síria e reconheceu que o regime de Damasco passa por “sérios problemas”. Segundo o premiê russo, as reformas propostas pelo governo sírio “deveriam ter sido implementadas há muito tempo”.

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