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China/Internet

China fecha 16 sites e prende 6 pessoas após rumores de golpe de Estado

As autoridades chinesas continuam a "limpeza na internet". Na madrugada deste sábado, foi lançada uma mega operação com o apoio dos serviços da Segurança Pública de Pequim, depois que circularam na rede diversos boatos sobre um eventual golpe de Estado. A China é campeã do mundo de internautas, com 513 milhões de pessoas surfando na rede.  

Os sites frequentados pelos internautas chineses têm seus conteúdos controlados.
Os sites frequentados pelos internautas chineses têm seus conteúdos controlados. Reuters
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Esta foi a maior operação do governo chinês contra a liberdade de expressão na internet, depois que o Escritório Estatal de Informação, que controla os conteúdos na rede do país, detectou rumores que poderiam "ter uma influência negativa na opinião pública". A agência oficial Xinhua anunciou o fechamento de 16 sites, entre eles, três fóruns super populares. Mas isso não foi tudo: os microblogs mais populares do país, QQ e Sina Weibo, não poderão registrar comentários até o dia 3 de abril.

Seis internautas foram presos por "criação e disseminação de rumores na rede" e outros foram "advertidos", por ajudar a divulgar os rumores.

Boatos e detenções

Desde a semana passada, as redes sociais chinesas vinham comentando que a Praça da Paz Celestial poderia estar sendo palco de manobras militares e tiros. As informações geraram uma grande movimentação de comentários, que atravessaram as fronteiras do país e chegaram ao conhecimento da imprensa internacional.

Desde fevereiro deste ano, quando a China lançou uma operação contra a internet, mais de 1.060 pessoas foram presas e mais de 208 mil mensagens "nocivas" foram apagadas. Mais de 3.000 sites também foram alertados, segundo a agência Nova China.

As autoridades justificam sua campanha contra a liberdade de expressão na rede como uma ação para evitar "contrabando de armas, tráfico de drogas e de produtos químicos perigosos, e venda de órgãos humanos e de informações pessoais".

 

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