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Assange/WikiLeaks

Em discurso em Londres, Assange agradece Equador e Brasil

O fundador do site WikiLeaks fez uma aparição pública nesse domingo em Londres. Em um discurso na janela da embaixada do Equador, onde está refugiado desde junho, o cyber-militante pediu que os Estados Unidos parem com o que ele qualifica como uma “caça às bruxas” contra o seu site. O australiano, que deve ser extraditado para a Suécia, onde é acusado de agressão sexual, agradeceu o asilo concedido pelo governo equatoriano e o apoio dos países americanos. 

Julian Assange durante discurso na sacada da embaixada do Equador em Londres, nesse domingo.
Julian Assange durante discurso na sacada da embaixada do Equador em Londres, nesse domingo. REUTERS/Olivia Harris
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Em sua primeira aparição pública desde que se refugiou na embaixada do Equador em Londres, Julian Assange agradeceu o apoio de seus partidários. Diante de centenas de pessoas, entre militantes e curiosos, o fundador do site WikiLeaks felicitou o Equador, um país que “se ergueu pela justiça”. Ele também enumerou a lista dos países do continente americano que teriam apoiado a atitude de Quito no episódio, como “Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, El Salvador, Honduras, México, Nicarágua, Peru e Venezuela”.

O Equador concedeu asilo ao australiano essa semana, criando um verdadeiro imbróglio diplomático entre Quito e Londres. Procurado pela justiça britânica, Assange pode ser preso a qualquer momento, mas como a embaixada é considerada território equatoriano, ele não pode ser detido. O Reino Unido chegou a cogitar uma invasão do local, baseado em uma lei local da década de 80, que possibilitaria a retirada da proteção diplomática do prédio.

Além de pedir mais liberdade para a imprensa, o breve discurso também foi marcado por críticas aos Estados Unidos. Segundo ele, Washington deve “parar com a caça às bruxas contra WikiLeaks”. O pronunciamento foi feito na janela da representação diplomática de Quito, a poucos metros dos policiais britânicos que esperam para poder capturar o australiano.

Julian Assange se refugiou no dia 19 de junho na embaixada do Equador em Londres para evitar a extradição para a Suécia, onde é procurado por quatro delitos de agressão sexual, crimes que nega ter cometido e pelos quais não foi acusado formalmente. O australiano se considera vítima de uma perseguição política depois de ter divulgado, via seu site WikiLeaks, milhares de documentos secretos dos Estados Unidos, país para onde teme ser extraditado e condenado à morte por espionagem.

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