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Japão/Energia nuclear

Novo vazamento radioativo em Fukushima; problemas se multiplicam

A Tepco, empresa que controla a usina nuclear de Fukushima, no Japão, confirmou hoje a existência de um novo vazamento de água radioativa na central, desta vez no reservatório de resfriamento número 1. O mesmo problema foi constatado nos últimos dias nos reservatórios 2 e 3, sem que os técnicos da Tepco e a Autoridade de Segurança Nuclear japonesa saibam explicar as razões do sinistro.

Novo vazamento em um depósito subterrâneo de armazenamento do complexo nuclear de Fukushima. Vista aérea do complexo em 6 de abril de 2013.
Novo vazamento em um depósito subterrâneo de armazenamento do complexo nuclear de Fukushima. Vista aérea do complexo em 6 de abril de 2013. REUTERS/Kyodo
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O misterioso vazamento na usina de Fukushima começou na semana passada. Na noite de sexta-feira para sábado, técnicos da Tepco notaram uma contaminação do solo nos arredores da central nuclear, com vazamento de 120 toneladas de água radioativa de um reservatório subterrâneo. Depois, um segundo vazamento foi constatado num reservatório do mesmo tipo, com 6 metros de profundidade. A central de Fukushima possui ao todo sete reservatórios subterrâneos de confinamento de líquido radioativo proveniente do resfriamento dos reatores acidentados com o terremoto e o tsunami de março de 2011.

Para remediar o vazamento nos tanques 2 e 3, a Tepco estava bombeando a água contaminada para o reservatório número 1, plano que precisou ser revisto pela constatação da porosidade no local. O problema é que os demais reservatórios supostamente vedados não dão conta de estocar a quantidade de água radioativa produzida pelo resfriamento dos reatores. Por outro lado, a Tepco estima que há poucas chances do líquido radioativo ter chegado ao oceano, pela distância entre os reservatórios e o mar.

Nas últimas semanas, os problemas se multiplicam na central de Fukushima. Na sexta-feira, o sistema de resfriamento da piscina que recebe o combustível utilizado no reator de número 3 parou de funcionar repentinamente. Os técnicos precisaram de algumas horas para reativar o sistema. A avaria foi provavelmente causada por obras que vêm sendo realizadas para evitar uma nova pane de energia elétrica como a que ocorreu nos dias 18 e 19 de março.

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