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Egito/crise

Egito fecha passagem de Rafah depois de ataque no Sinai

O Egito fechou hoje o posto de fronteira da passagem de Rafah, que liga o país à faixa de Gaza. A decisão foi tomada depois da morte de 25 militares no Sinai, no norte egípcio. Neste domingo, prisioneiros vinculados ao movimento Irmandade Muçulmana também morreram durante o transporte a uma prisão do Cairo, segundo a polícia.

Passageiras palestinas esperam ônibus após fechamento da passagem de Rafah em 15 de agosto de 2013.
Passageiras palestinas esperam ônibus após fechamento da passagem de Rafah em 15 de agosto de 2013. REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa
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Neste mesmo atentado perpretado por radicais islâmicos, outros três outros soldados ficaram feridos. Os atentados foram realizados com metralhadores e morteiros quando os militares voltavam para o quartel.

Na semana passada, o Egito já havia informado que fecharia o terminal por tempo indeterminado, mas ele reabriu no sábado, segundo o Hamas, que controla a faixa de Gaza desde 2007.

Desde o início da crise política no Egito desencadeada pela deposição do ex-presidente Mohammed Mursi no início de julho, cerca de 73 policiais já morreram na região do Sinai, onde grupos islâmicos radicais estabeleceram uma base no local. Em Julho, o Egito já havia destacado um novo contigente na região para lutar contra o aumento da violência.

Prisioneiros pro-Mursi morrem a caminho da prisão

A polícia egípcia também informou ontem que prisioneiros vinculados ao movimento Irmandade Muçulmana morreram durante o transporte a uma prisão do Cairo. O ministério do Interior egípcio anunciou ontem a morte de 36 detentos islamitas, asfixiados com gás lacrimogênio durante uma suposta tentativa de fuga.

Segundo o ministério, eles teriam tomado um policial como refém durante o transporte para uma prisão próxima do Cairo. Os prisioneiros mortos eram todos integrantes da Irmandade Muçulmana, o grupo do presidente deposto Mohamed Mursi.

Em um comunicado, a confraria denunciou um "assassinato". Uma fonte no sistema judiciário afirmou que os prisioneiros islamitas morreram sufocados quando eram transportados em um furgão da polícia sobrecarregado. Essa e outras fontes dos serviços de segurança dizem que o balanço chega a 38 mortos. Já a Aliança contra o golpe de Estado, que organiza as manifestações, contou 52 mortos.

Militares prometem reação "enérgica"

Em sua primeira declaração pública desde a repressão policial que deixou centenas de mortos no Cairo, o general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército egípcio, prometeu neste domingo uma resposta "das mais enérgicas" aos islamitas que escolherem a violência, aparentemente sem levar em conta as críticas dos países ocidentais.

A mobilização dos islamitas começa a perder força. Nove manifestações pró-Mursi programadas para ontem no Cairo foram anuladas pelos organizadores "por razões de segurança".

Depois de deixar que agissem livremente durante alguns dias, o governo de transição proibiu neste domingo os comitês populares, milícias de jovens armados que atacam no Cairo as pessoas suspeitas de serem islamitas e os jornalistas estrangeiros, acusados de defender os partidários do presidente deposto.
 

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