Egito fecha passagem de Rafah depois de ataque no Sinai
O Egito fechou hoje o posto de fronteira da passagem de Rafah, que liga o país à faixa de Gaza. A decisão foi tomada depois da morte de 25 militares no Sinai, no norte egípcio. Neste domingo, prisioneiros vinculados ao movimento Irmandade Muçulmana também morreram durante o transporte a uma prisão do Cairo, segundo a polícia.
Publicado em: Modificado em:
Neste mesmo atentado perpretado por radicais islâmicos, outros três outros soldados ficaram feridos. Os atentados foram realizados com metralhadores e morteiros quando os militares voltavam para o quartel.
Na semana passada, o Egito já havia informado que fecharia o terminal por tempo indeterminado, mas ele reabriu no sábado, segundo o Hamas, que controla a faixa de Gaza desde 2007.
Desde o início da crise política no Egito desencadeada pela deposição do ex-presidente Mohammed Mursi no início de julho, cerca de 73 policiais já morreram na região do Sinai, onde grupos islâmicos radicais estabeleceram uma base no local. Em Julho, o Egito já havia destacado um novo contigente na região para lutar contra o aumento da violência.
Prisioneiros pro-Mursi morrem a caminho da prisão
A polícia egípcia também informou ontem que prisioneiros vinculados ao movimento Irmandade Muçulmana morreram durante o transporte a uma prisão do Cairo. O ministério do Interior egípcio anunciou ontem a morte de 36 detentos islamitas, asfixiados com gás lacrimogênio durante uma suposta tentativa de fuga.
Segundo o ministério, eles teriam tomado um policial como refém durante o transporte para uma prisão próxima do Cairo. Os prisioneiros mortos eram todos integrantes da Irmandade Muçulmana, o grupo do presidente deposto Mohamed Mursi.
Em um comunicado, a confraria denunciou um "assassinato". Uma fonte no sistema judiciário afirmou que os prisioneiros islamitas morreram sufocados quando eram transportados em um furgão da polícia sobrecarregado. Essa e outras fontes dos serviços de segurança dizem que o balanço chega a 38 mortos. Já a Aliança contra o golpe de Estado, que organiza as manifestações, contou 52 mortos.
Militares prometem reação "enérgica"
Em sua primeira declaração pública desde a repressão policial que deixou centenas de mortos no Cairo, o general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do exército egípcio, prometeu neste domingo uma resposta "das mais enérgicas" aos islamitas que escolherem a violência, aparentemente sem levar em conta as críticas dos países ocidentais.
A mobilização dos islamitas começa a perder força. Nove manifestações pró-Mursi programadas para ontem no Cairo foram anuladas pelos organizadores "por razões de segurança".
Depois de deixar que agissem livremente durante alguns dias, o governo de transição proibiu neste domingo os comitês populares, milícias de jovens armados que atacam no Cairo as pessoas suspeitas de serem islamitas e os jornalistas estrangeiros, acusados de defender os partidários do presidente deposto.
NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.
Me registro