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G20/Rússia

Cúpula do G20 começa hoje dividida sobre intervenção na Síria

A reunião de líderes do G20 começa hoje, 5 de setembro de 2013, em São Petersburgo marcada pelas divisões em relação à intervenção militar na Síria. A instabilidade econômica nos países emergentes também deve dominar as discussões.

Cúpula dos líderes do G20 começa hoje, 5 de setembro de 2013, em São Petersburgo, Rússia.
Cúpula dos líderes do G20 começa hoje, 5 de setembro de 2013, em São Petersburgo, Rússia. REUTERS/Alexander Demianchuk
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Os líderes do G20, grupo das vinte economias mais prósperas do mundo, iniciam hoje dois dias de discussões em São Petersburgo. A reunião de cúpula será dominada pela eventual intervenção militar na Síria e a instabilidade econômica nos países emergentes. O encontro, realizado sob fortíssimo esquema de segurança no histórico Palácio de Constantino, terá um duelo silencioso entre os presidentes russo Vladimir Putin e americano Barack Obama, que têm visões opostas sobre o conflito na Síria.

O presidente dos Estados Unidos, que estava na Suécia para uma visita de 24 horas, deixou esta manhã Estocolmo em direção a São Petersburgo. Obama esta determinado a tentar convencer os outros dirigentes do G20 a punir o regime de Bashar al-Assad pelo uso de armas químicas no conflito. Mas a ação militar está longe de obter um consenso e Barack Obama pode ficar isolado, ao lado do presidente francês François Hollande, que também defende uma intervenção na Síria.

O emissário especial da Liga Árabe e das Nações Unidas para o conflito na Síria, Lakhdar Brahimi, vai à Rússia ajudar o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, a defender a realização de uma conferência internacional de paz para a Síria, reunindo regime e oposição, visando uma solução política do conflito. O Irã, por sua vez, tem a intenção de apoiar o governo sírio até o fim, conforme declarou um chefe do alto escalão militar iraniano.

Apoio do Senado americano

Barack Obama venceu ontem mais um obstáculo em sua campanha para obter apoio à uma intervenção militar na Síria. A comissão de Relações Externas do Senado aprovou nesta quarta-feira por dez votos a sete uma resolução que autoriza o democrata a realizar uma ação limitada contra o regime de Bashar al-Assad. A intervenção deverá ser no máximo de 60 dias, que podem ser prolongados para 90 dias, mas sem o envio de soldados ao território sírio.
Já o presidente francês François Hollande enfrenta divisões no parlamento francês. O debate ocorrido ontem, sem votação, demonstrou que Hollande é apoiado pela maioria dos parlamentares socialistas e dos verdes, integrantes da coalizão de governo. Em compensação, os parlamentares de direita e os comunistas, na oposição, criticam a falta de aval da ONU.

BRICS

A presidente brasileira Dilma Rousseff está reunida esta manhã, em São Petersburgo, com os dirigentes do BRICS, o anfitrião Vladimir Putin, o chinês Ji Xinping, o primeiro-ministro indiano Manhoman Singh e o líder sul-africano Jacob Zuma. O grupo, que puxou a economia mundial nos últimos anos e representa 25% do PIB mundial, dá sinais de uma desaceleração econômica preocupante.
 

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