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NOBEL/PAZ

OPAQ já destruiu 57 mil toneladas de armas químicas

O diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), o turco Ahmet Uzumcu, disse hoje que o prêmio Nobel da Paz vai ajudar a organização a convencer estados que ainda não aderiram à Convenção a assiná-la ou ratificá-la, como fez a Síria no final de setembro.

O diretor-geral da OPAQ, Ahmet Uzumcu.
O diretor-geral da OPAQ, Ahmet Uzumcu. REUTERS/Toussaint Kluiters/United Photos
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O prêmio Nobel da Paz de 2013 foi atribuído à OPAQ, encarregada de destruir o arsenal sírio, como uma "maneira de contribuir para a eliminação de tais armas", ressaltou o Comitê em seu comunicado.

Fundada em 1997 em Haia, na Holanda, a OPAQ tem como missão aplicar a Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas, assinada em 1993. Esta convenção é considerada um exemplo raro nos esforços de desarmamento mundial, pois conta atualmente com a adesão 190 países.

Entre o pequeno número de nações que não assinaram a Convenção estão Israel e a Coreia do Norte. Outros países, como Estados Unidos e Rússia, assinaram o texto, mas não cumpriram o prazo para destruir seus arsenais, que deveriam ter sido eliminados até abril de 2012, conforme lembrou o presidente do Comitê do Nobel, Thorbjoern Jagland.

Com uma equipe de menos de 500 funcionários e orçamento anual inferior a 74 milhões de euros, a OPAQ destruiu desde 1997 mais de 57 mil toneladas de armas químicas, no Iraque, na Líbia, Rússia e nos Estados Unidos, entre outros países. O porta-voz da organização, Michael Luhan, disse que esse resultado só foi alcançado "após anos e anos de paciência diplomática".

O diretor atual, Ahmet Uzumcu, no cargo desde 2010, foi embaixador em Viena e Israel, assim como representante da Turquia na OTAN.

O diplomata brasileiro José Maurício Bustani, hoje embaixador do Brasil na França, foi o primeiro diretor-geral da OPAQ. Ele foi destituído do cargo em 2002 por pressão dos Estados Unidos, após divergências em relação ao Iraque e também pela iniciativa de inspecionar as instalações químicas americanas.

A organização vai receber como prêmio um cheque de US$ 1,25 (um milhão, duzentos e cinquenta mil dólares), uma medalha comemorativa de ouro e um diploma. A cerimônia de entrega acontece no dia 10 de dezembro, em Oslo, na Noruega, data de aniversário da morte de seu criador, o sueco Alfred Nobel.

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