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Tailândia/manifestações

Manifestantes tailandeses pedem queda do governo e recusam negociações

Os manifestantes que exigem há vários dias a saída da primeira-ministra da Tailândia cortaram hoje o fornecimento de energia da sede da polícia em Bangcoc. Com a pressão das ruas, a premiê Yingluck Shinawatra convidou os manifestantes liderados pelo Partido Democrata a negociar uma saída à crise política. Mas eles continuam irredutíveis e cercam vários ministérios e edifícios da administração pública.

Manifestantes contra o governo reunidos em Bangcoc, nesta quinta-feira, 28/11/2013.
Manifestantes contra o governo reunidos em Bangcoc, nesta quinta-feira, 28/11/2013. REUTERS/Damir Sagolj
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“Estamos funcionando com um gerador”, explicou à agência France Presse um responsável da polícia. Yingluck propôs que os manifestantes cessassem os protestos e deixassem os prédios públicos. “Não confiamos nela”, declarou Akanat Promphan, um porta-voz dos manifestantes.

A revolta é motivada por um projeto de lei de Anistia em tramitação no Legislativo desde outubro. O texto é visto pela oposição como um meio de permitir o retorno ao poder do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em 2006, irmão da atual primeira-ministra.

Thaksin se exilou no exterior para escapar a uma condenação de dois anos de prisão por desvio de dinheiro público, mas continua dando as cartas na política tailandesa. O Senado rejeitou o projeto de Anistia, mas a medida não foi suficiente para satisfazer os manifestantes.

Camisas Vermelhas

Essas manifestações são as mais importantes desde 2010, quando até cem mil “camisas vermelhas”, fiéis a Thaksin, ocuparam o centro de Bangcoc para pedir a queda do então governo. A crise provocou cerca de 90 mortos e revelou as profundas divisões da sociedade tailandesa entre massas rurais e urbanas carentes do norte e nordeste do país, representadas pelos “vermelhos”, e as elites da capital.
 

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