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África do Sul/ Economia

Mineiros na África do Sul preveem greve longa por aumento salarial

Sindicatos e empresas de exploração de platina na África do Sul voltam à mesa de negociações nesta sexta-feira (31) para tentar por um fim a uma greve dos mineiros por reajustes salariais.

Família de mineiros em Sondela, favela nas proximidas de Rustemburgo, na África do Sul.
Família de mineiros em Sondela, favela nas proximidas de Rustemburgo, na África do Sul. REUTERS/Siphiwe Sibeko
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A greve dos mineiros na África do Sul pode durar várias semanas, alertou hoje um dos principais sindicatos da categoria, o Amcu (Confederação das Associações de Mineiros, na sigla, em inglês). A declaração foi feita antes mesmo do início das discussões, em Pretória, dos sindicatos com os três maiores produtores mundiais de platina, Amplats, Implats e Lonmin

A maioria dos mineiros do chamado “cinturão da platina”, em torno da cidade de Rustemburgo, no norte do país, entrou em greve no dia 23 de janeiro para reivindicar melhorias salariais. Os trabalhadores pedem uma remuneração mensal de 12.500 rands, o equivalente a 2.700 reais.

Na quinta-feira, os mineiros recusaram uma proposta de reajuste oferecida pelas empresas produtoras. Os sindicatos, no entanto, não rejeitam completamente a possibilidade de assinar um acordo prevendo reajustes escalonados nos próximos três anos. Mas eles indicaram que não aceitam um aumento entre 7,5% e 9% no primeiro ano, como sugerido pelas empresas produtoras.

De acordo com essa proposta, os salários mais baixos passariam no primeiro ano de 5 mil a 5.400 rands, até atingir 6 mil rands no terceiro ano. Os valores representam menos da metade do reajuste defendido pelos trabalhadores.

As empresas defendem um acordo com aumentos progressivos em três anos porque evitaria ameaças de greves durante este período. Os sindicatos patronais não fizeram nenhum comentário sobre a nova rodada de negociações.Eles sugerem à imprensa aguardar a divulgação de texto pelo grupo de mediadores, indicado pelo governo para discutir o conflito, prevista para após o final das negociações.

Caso persista o  impasse nas discussões, os sindicatos dos mineiros indicam que estão dispostos a manter a queda de braço com as empresas por um longo período.
 

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