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Síria/Mundo

Oposição síria pede armas para combater regime em cúpula de países árabes

Os representantes da oposição síria, presentes na reunião de XXV Cúpula Árabe no Kuwait, pediram mais armas para combater o regime de Damasco. A Arábia Saudita, que apoia os rebeldes, acusou a comunidade internacional de ter abandonado os opositores em um conflito que já dura mais de três anos. O medidor da ONU descartou novamente uma solução militar para o conflito.

Líderos dos países árabes estão reunidos no Kuwait para discutir a crise na Síria.
Líderos dos países árabes estão reunidos no Kuwait para discutir a crise na Síria. REUTERS/Stephanie McGehee
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A crise na Síria, que entrou em seu quarto ano este mês, esteve no centro das discussões durante o primeiro dia da reunião de cúpula dos países árabes, nesta terça-feira (25), no Kuwait. Mesmo se os rebeldes não possuem uma cadeira na Liga Árabe, o chefe da oposição síria, Ahmad Jarba, fez um discurso diante dos participantes do evento, onde pediu ajuda para vencer o regime do presidente Bashar al-Assad. “Eu não pedindo uma declaração de guerra (contra o regime de Damasco), e sim que pressionem a comunidade internacional para que ela forneça armas sofisticadas aos combatentes da oposição”, disse ele.

O emissário internacional para a Síria, Lakdhar Brahimi, contestou o pedido de Jarba e repetiu a posição das Nações Unidas, que descartam a solução militar para o conflito. O mediador criticou o envio de armas para ambas as partes.

A postura da ONU é vista, principalmente pela Arábia Saudita, que apoia a oposição síria, como um sinal de indiferença diante da situação no país. “A resistência síria legítima foi traída pela comunidade internacional, que fez dos rebeldes uma presa fácil”, declarou o príncipe herdeiro saudita, Salmane ben Abdel Aziz. Segundo ele, “para tirar a Síria do impasse, é preciso favorecer uma mudança nas relações de força no país, dando o apoio que merece a oposição”.

Refugiados

Os líderes reunidos no Kuwait também chamaram a atenção para as consequências negativas da guerra síria nos demais países da região. O rei Abdallah da Jordânia, que já recebeu cerca de 1,3 milhões de refugiados vindos da Síria, fala de uma situação “catastrófica”. Já o presidente libanês, Michel Sleimane, declarou que seu país “não pode receber mais refugiados”. Segundo ele, os sírios já representam 32% da população do Líbano. 

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