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Turquia/Acidente

Operações de busca em mina na Turquia chegam ao fim

As operações de busca na mina de carvão de Soma, na Turquia, chegaram ao fim na tarde deste sábado (17). Quatro dias após o acidente, apontado como a pior catástrofe do gênero na história do país, o balanço oficial é de 301 mortos.

As operações de buscas foram concluídas neste sábado em Soma, após as equipes terem encontrado 301 cadáveres.
As operações de buscas foram concluídas neste sábado em Soma, após as equipes terem encontrado 301 cadáveres. REUTERS/ Osman Orsal
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Após as equipes terem encontrado mais 15 cadáveres durante a madrugada, o último corpo foi retirado neste sábado. “A missão de salvamento chegou ao fim. Não há mais nenhum mineiro na mina”, declarou o ministro turco da Energia, Taner Yildiz. As operações chegaram a ser interrompidas durante a manhã por causa de um novo incêndio no local.

De acordo com as autoridades turcas, o balanço oficial do acidente é de 301 mortos, a maioria deles vítimas das emanações de monóxido de carbono provocadas pela explosão. Além das perdas humanas, a explosão da mina de Soma provocou uma onda de protestos contra o governo do primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan. Acusado de negligenciar a segurança dos mineiros, o premiê chegou a ter sua comitiva atacada quando visitou o local logo após a catástrofe.

A política do chefe do governo é responsável pelo crescimento econômico que a Turquia viveu nos últimos dez anos, mas seus opositores afirmam que a segurança dos trabalhadores foi esquecida durante esse período.

Novos protestos

Vários protestos contra o governo também foram realizados nos últimos dias. Na sexta-feira, a polícia dispersou novamente os manifestantes com jatos d’água e bombas de gás lacrimogêneo em Soma.

Conflitos também foram registrados na cidade portuária de Izmir, onde barricadas foram erguidas pela população. Os manifestantes atacaram a polícia com pedras e pelo menos 40 pessoas foram presas.

Istambul também foi palco de novos protestos. Um panelaço foi organizado nas ruas da cidade na sexta-feira. Durante a noite, estudantes invadiram o prédio do departamento de minas da Universidade Tecnológica. Os manifestantes pedem que a instituição cesse suas relações com a empresa Soma Holding, que administra a mina onde ocorreu a explosão esta semana. Os alunos afirmam que não vão deixar o local enquanto suas exigências não forem atendidas.

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