Extremistas rivais unem forças na fronteira da Síria com Iraque
Dois movimentos extremistas concorrentes, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e a Frente al-Nosra, o braço sírio da Al-Qaida, decidiram unir suas forças em Bu Kamal, a principal cidade na fronteira entre a Síria e o Iraque. O acordo permite que os jihadistas, que lançaram no dia 9 de junho uma violenta ofensiva no Iraque, penetrem também no país vizinho, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
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O conflito ameaça ainda se estender para o Irã. Três policiais iranianos que patrulhavam perto da fronteira iraquiana foram mortos ontem à noite por "desconhecidos armados". Ainda não se sabe se os agressores têm ligação com os jihadistas sunitas do país vizinho. Desde o início da ofensiva, Teerã colocou suas tropas nas fronteiras em estado de alerta. O Irã apoia o governo do primeiro-ministro xiita, Nouri al-Maliki.
Nesta terça-feira, equipes do exército americano chegaram a Bagdá para avaliar o estado das forças de segurança iraquianas e decidir como irão ajudá-los a combater a rebelião sunita.
Segundo um funcionário de alto escalão da inteligência dos EUA, os militantes sunitas estão "bem posicionados" para manter uma larga porção dos territórios capturados no norte e no oeste do Iraque, se o governo de Bagdá não conseguir realizar uma contraofensiva robusta.
A investida súbita no norte iraquiano de grupos armados, liderados pelo EIIL, que deseja aniquilar os xiitas, deixou o governo de Bagdá, liderado por xiitas, em dificuldades para armar um contra-ataque eficaz.
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