Conflitos em aeroporto provocam fechamento de embaixadas na Líbia
Os violentos confrontos nas redondezas do aeroporto de Trípoli provocaram o fechamento de representações diplomáticas ocidentais na capital líbia. Vários países também pediram que seus cidadãos deixem o país, temendo a escalada de violência.
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Os conflitos retomaram nessa quinta-feira (31), após dois dias de calma. Os confrontos entre milícias rivais mataram mais de 100 pessoas e deixaram outras 500 ferida desde 13 de julho e já estão sendo considerados os mais violentos dos últimos três anos no país. O aeroporto de Trípoli está fechado e vários aviões foram danificados.
Diante da situação, a Espanha, Holanda e Alemanha evacuaram temporariamente o pessoal de suas embaixadas na capital líbia. União Europeia, Grécia, Suíça e República Checa também fecharam suas representações diplomáticas na cidade.
As embaixadas da Itália e do Reino Unido continuam funcionando. “Ficar na Líbia significa tentar ter um papel nas questões geopolíticas mais importantes dos próximos anos : paz, segurança e imigração”, declarou o chefe do governo italiano, Matteo Renzi, para justificar o funcionamento da representação diplomática em Trípoli apesar dos conflitos.
As Filipinas anunciaram que vão enviar barcos para retirar seus 13 mil cidadãos que vivem na Líbia. A medida foi tomada após o sequestro e estupro de uma enfermeira por um grupo armado na semana passada, além da descoberta, há dez dias, de um operário filipino decapitado.
Os combates praticamente paralisaram a capital líbia. Bancos e repartições públicas estão fechados há dias e já há penúria de combustível, além de cortes no fornecimento de água e de eletricidade. O novo parlamento líbio, formado após as eleições de 25 de junho, pretende organizar uma reunião de urgência no próximo sábado para discutir a situação em Trípoli.
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