Deslizamentos de terra em Hiroshima deixam 39 mortos e 43 desaparecidos
O balanço de vítimas dos deslizamentos de terra em Hiroshima, no sudoeste do Japão, aumentou nesta quinta-feira (21) para 39 mortos e 43 desaparecidos. As autoridades locais são criticadas por terem demorado para tomar providências diante da catástrofe.
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Mais de 2.500 bombeiros, policiais e soldados foram enviados a Hiroshima para ajudar na busca por sobreviventes. Com a ajuda de voluntários, eles vasculharam os destroços nos bairros de Asaminami e Asakita.
Entre as vítimas estão dois irmãos de 2 e 11 anos, que ficaram presos em casa, e um menino de 3 anos, morto nos braços de um bombeiro.
As zonas mais atingidas, ao pé de uma montanha, foram evacuadas e cerca de mil pessoas estão abrigadas em locais públicos por medo de novos desabamentos ou porque suas casas não estão mais em condições habitáveis.
Esses deslizamentos de terra e blocos de pedra são consequência de fortes chuvas. Em três horas as precipitações foram maiores do que a média mensal, segundo os especialistas.
Reação tardia das autoridades
As autoridades reconhecem que não avaliaram corretamente o perigo e que demoraram para pedir que os habitantes deixassem suas casas.
A agência de meteorologia havia alertado desde as 22 horas de terça-feira, no horário local, sobre o perigo de chuvas muito violentas, mas a prefeitura só criou uma célula dedicada a essa emergência três horas mais tarde.
Até 1.780 funcionários foram mobilizados em plena noite para administrar a situação, mas a essa altura os desabamentos já haviam começado. A evacuação foi ordenada somente às 4h15 de quarta-feira.
Hiroshima é a região do Japão mais suscetível a esse tipo de fenômeno devido à natureza instável dos solos.
Apoio moral
Diante do drama, o imperador e a imperatriz do Japão enviaram uma mensagem de simpatia à população, um apoio moral muito apreciado pelos japoneses.
Segundo a imprensa local, mensagens de condolências também chegaram do exterior. As manifestações do presidente da Rússia, Vladimir Putin, e do governo da Coreia do Sul chamaram a atenção porque o Japão tem atualmente relações tensas com os dois países.
Depois de um dia de calma, mais chuvas são esperadas na madrugada desta quinta-feira e na sexta-feira. Visto o estado atual dos solos, os especialistas avisam que podem ocorrer novos desabamentos.
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