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Rússia/Ucrânia

Rússia e Ucrânia voltam a negociar solução para conflito no país

Pela segunda vez em duas semanas, representantes da Rússia e da Ucrânia se reúnem nesta sexta-feira (19) em Minsk, para discutir uma solução para o conflito ucraniano, que já dura cinco meses e já matou mais de 2900 pessoas.

Tropas russas em Sebastopol
Tropas russas em Sebastopol REUTERS/Pavel Rebrov
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A discussão será mediada pela OSCE (Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa), como vem ocorrendo desde o início das negociações. Os principais pontos abordados no encontro serão a autonomia provisória do leste da Ucrânia e a anistia para os separatistas pró-russos. A questão, agora, é como preservar a integridade territorial da Ucrânia e ao mesmo tempo satisfazer Moscou e os rebeldes pró-russos.

De acordo com o analista político ucraniano Volodymyr Fessenko, uma das soluções seria conceder mais autonomia às regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, caso contrário, a guerra poderá continuar. Outra possibilidade é “congelar” o conflito antes que uma decisão definitiva seja tomada.

“Há muitos riscos envolvidos e concessões a serem feitas, mas este é uma proposição que pode ajudar a resolver o problema”, disse. Na década de 90, essas opções permitiram o fim da guerra dos Balcãs.

A proposta do presidente ucraniano Petro Porochenko inclui dar à população do leste o poder de decisão sobre a nomeação dos juízes, por exemplo, além de garantir um reconhecimento da língua russa. Esta opção, entretanto, pode irritar os partidários do chefe de Estado, que podem acusá-lo de “vender” a Ucrânia para os russos. Para o separatistas, esse plano de paz não inclui o reconhecimento da legitimidade das repúblicas populares de Donetsk e de Lugansk.

O envolvimento de Moscou no leste do país também dificulta as negociações. Oficialmente, os russos desmentem a participação no conflito, apesar das acusações dos países ocidentais e de Kiev. A Ucrânia afirma que os russos têm enviado material e soldados pra combater suas forças armadas.

 

 

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