Acessar o conteúdo principal
Israel/Palestina

Israel rejeita julgamento de soldados no TPI

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, advertiu neste domingo (4) que seu país se oporá a todo julgamento contra seus soldados no Tribunal Penal Internacional (TPI). Na sexta-feira, a Autoridade Palestina solicitou sua adesão a essa Corte para processar israelenses por crimes de guerra cometidos em seus territórios.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em reunião ministerial na manhã deste domingo (4) em Jerusalém.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em reunião ministerial na manhã deste domingo (4) em Jerusalém. REUTERS/Oded Balilty
Publicidade

Israel estuda intensificar as medidas de pressão contra a ofensiva diplomática palestina. "Não permitiremos que os soldados e os oficiais do Tsahal (exército israelense) sejam levados ao tribunal de Haia", declarou Netanyahu no conselho de ministros semanal.

No sábado, Israel reagiu à manobra palestina suspendendo o pagamento de 106 milhões de euros (cerca de 340 milhões de reais) de impostos arrecadados à Autoridade Palestina.

"Quem deve ser julgado são os dirigentes da Autoridade Palestina que se aliaram com os criminosos de guerra do Hamas", disse o primeiro-ministro, que acusa o movimento islamita de ter usado moradores de Gaza como escudos humanos durante a última guerra na Faixa de Gaza, entre julho e agosto passados.

"Os soldados do Tsahal continuarão defendendo o Estado de Israel com valentia e determinação, e da mesma forma que nos protegem, os protegeremos", prometeu.

A suspensão da entrega dos 106 milhões de euros pode ser a primeira de uma série de medidas de represália dos israelenses após o pedido de adesão dos palestinos ao TPI.

O tribunal, criado em 2002, tem poder para investigar crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade cometidos a partir desse ano.

Queixa palestina no TPI

Os palestinos planejam apresentar uma primeira denúncia contra Israel sobre "crimes" posteriores à data de 13 de junho de 2014, um período que inclui a guerra que matou cerca de 2 mil pessoas na Faixa de Gaza. 

A informação é do jurista palestino Shaauan Yabarin, diretor do centro jurídico Al Haq e ativista na defesa dos direitos humanos na Cisjordânia ocupada. O jurista explicou que só é possível acionar o TPI "por incidentes ocorridos em um intervalo de tempo preciso". Ele considera que a partir dessa data é possível solicitar o julgamento de funcionários do governo israelense, principalmente militares.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.