Etiópia decreta luto por morte de cristãos pelo grupo Estado Islâmico
O governo etíope decidiu observar três dias de luto oficial após o assassinato de pelos menos 28 cristãos do país capturados na Líbia. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (20) pelo porta-voz do governo. A decisão de homenagear as vítimas foi tomada um dia após a divulgação, pelo grupo Estado Islâmico, de um vídeo com ameaças aos cristãos e mostrando a suposta execução de pelo menos 28 homens apresentados como etíopes.
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Os três dias de luto nacional começam nesta terça-feira (21), após a confirmação pelo Parlamento. Muitos cidadãos da Etiópia deixam seu país e migram para a Líbia ou outros vizinhos do norte da África à procura de trabalho. Milhares deles também se dirigem ao território líbio com a esperança de tentar embarcar em barcos que transportam passageiros rumo à Europa.
Dois terços dos 90 milhões de habitantes da Etiópia são cristãos, sendo a maioria, ortodoxos. Eles dizem estar no país deste o Século I.
Condenações
A Etiópia condenou com veemência o anúncio da execução e confirmou seu compromisso de continuar lutando contra o grupo extermista. Tropas etíopes foram deslocadas para a Somália no âmbito da força da União Africana criada para combater os radicais islâmicos do grupo Al-Shabaab, que é ligado à rede Al-Qaeda.
Na segunda-feira, a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, condenou o que qualificou de "ato bárbaro e covarde". Ela confirmou que os 56 países membros da União Africana, que tem sede em Adis Abeba, deveriam redobrar seus esforços para a "restauração de instituições do Estado e da segurança na Líbia".
A execução dos cristãos etíopes também foram condenadas pela União Europeia e pelos Estados Unidos.
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