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Iêmen/Conflito

Governo e rebelião do Iêmen aceitam negociações de paz sob mediação da ONU

O governo iemenita no exílio e a rebelião xiita dos houthis, que protagonizam uma guerra no Iêmen, aceitaram participar de negociações de paz em Genebra sob a mediação da ONU. O primeiro encontro entre as partes foi marcado provisoriamente para 14 de junho.

Ismail Ould Cheikh Ahmed (centro), emissário da ONU para o Iêmen, esteve em Sanna no dia 14 de maio de 2015.
Ismail Ould Cheikh Ahmed (centro), emissário da ONU para o Iêmen, esteve em Sanna no dia 14 de maio de 2015. REUTERS/Khaled Abdullah
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O ministro iemenita da Informação, Ezedin al-Isbahi, disse à agência de notícias AFP que aceitou participar das negociações em Genebra. Ele explicou que "serão consultas para a aplicação da resolução 2216" do Conselho de Segurança da ONU, que prevê a retirada dos houthis dos territórios conquistados desde o início da ofensiva no ano passado.

Entre os houthis, um integrante do gabinete político do movimento, Daifalah al-Shami, afirmou que a rebelião aceitou o convite da ONU para sentar à mesa de diálogo em Genebra "sem condições prévias".

O Iêmen é palco de confrontos violentos desde que essa minoria xiita residente no norte do país, apoiada pelo Irã, entrou em setembro na capital, Sanaa, e avançou até Áden (sul) em sua luta contra as forças leais ao presidente sunita Abd Rabo Mansur Hadi, que se viu obrigado a fugir em março para a Arábia Saudita.

Vendo o Irã interessado em aumentar sua influência ao sul da península Arábica, os países sunitas do Golfo formaram uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita para combater a rebelião xiita. Riad lidera há mais de dois meses uma coalizão árabe que bombardeia quase diariamente os houthis e seus aliados. Segundo a ONU, o conflito provocou quase 2 mil mortes e obrigou mais de 545 mil pessoas a abandonar suas casas.

Refém francesa

O ministério francês das Relações Exteriores autenticou no início da semana um vídeo em que a refém francesa Isabelle Prime, sequestrada desde fevereiro no Iêmen, pede ajuda aos presidentes da França e do Iêmen para ser libertada. No vídeo de 21 segundos postado no Youtube, a francesa aparece de joelhos, vestida de preto e pede aos presidentes François Hollande e Abd Rabbo Mansour Hadi que ajam pela sua libertação. Nenhum grupo reivindicou o sequestro.

A francesa trabalha em uma empresa instalada nos Estados Unidos que oferece consultoria na área de políticas públicas. Ela foi sequestrada por homens disfarçados de policiais quando circulava com um guia e um tradutor iemenita em Sanaa. Os homens foram rapidamente liberados pelos sequestradores.

Vários cidadãos americanos estão em poder de sequestradores no Iêmen. Na segunda-feira, o jornalista americano Casey Coombs foi libertado depois de passar duas semanas no cativeiro, nas mãos de rebeldes houthis. 

 

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