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Rússia/Otan

Reforço de arsenal nuclear russo representa um perigo, diz Otan

O presidente russo Vladimir Putin anunciou nesta terça-feira (16) que pretende reforçar seu arsenal nuclear. A medida seria uma resposta ao projeto norte-americano de instalar armas pesadas no leste europeu. Moscou diz as Otan estaria “em suas fronteiras” e que o país deve se preparar caso seja ameaçado. A declaração foi duramente criticada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte, que viu o anúncio como um “perigo”.

O presidente Vladimir Putin afirma que a Otan estaria "nas fronteiras" da Rússia.
O presidente Vladimir Putin afirma que a Otan estaria "nas fronteiras" da Rússia. REUTERS/Alexander Nemenov/Pool
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As declaração de Putin foi feita durante um encontro com o presidente finlandês Sauli Niinisto na região de Moscou. “A partir do momento que surge uma ameaça em um país vizinho, a Rússia deve reagir de maneira apropriada e instalar sua defesa para neutralizar essa ameaça”, disse o líder de Kremlin, afirmando que a Otan estaria se aproximando de suas fronteiras. “Esse ano, mais de 40 novos mísseis balísticos intercontinentais, capazes de resistir aos sistemas de defesa antiaéreo mais sofisticados, serão implementados nas forças nucleares russas”, completou.

O chefe de Estado também anunciou a instalação de um dispositivo de radar voltado para o Ocidente, além um novo submarino munido de uma ogiva nuclear.

As declarações foram imediatamente criticadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte. Para o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, o anúncio de Putin é “injustificado e perigoso”.

Putin vem investindo somas importantes para renovar as forças armadas. A modernização do exército russo e a mobilização recente do país na Ucrânia já levaram muitas nações vizinhas a acreditarem que a anexação da Crimeia poderia ser apenas a primeira meta conquistada pela política de expansionismo de Moscou.

Presença norte-americana no leste europeu

O aumento do arsenal nuclear russo é visto como uma resposta de Moscou ao anúncio de que os Estados Unidos iriam reforçar sua mobilização militar na Europa. O jornal New York Times informou no último fim de semana que o Pentágono estava pronto para mobilizar armamento pesado e mais de 5.000 soldados americanos no leste europeu e nos países bálticos para conter a ameaça russa. Se a proposta for aprovada, essa seria a primeira vez desde a Guerra Fria que Washington leva equipamentos bélicos - incluindo tanques de batalha - a nações membros da Otan que já estiveram sob influência soviética.

O ministério russo das Relações Exteriores se pronunciou contra esta medida. Para Moscou, "os Estados Unidos estão alimentando a tensão e os medos de seus aliados europeus antirrussos para fortalecer sua presença na Europa."(com informações da AFP)

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