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Crimes de guerra/Israel

Palestinos apresentam primeiro caso contra Israel no TPI

A Autoridade Palestina submeteu nesta quinta-feira (25) um primeiro arquivo de documentos ao Tribunal Penal Internacional (TPI) sobre supostos crimes israelenses na Cisjordânia ocupada e na guerra de Gaza em 2014. A informação foi divulgada pela missão palestina em Haia, na Holanda.

Conflito em Gaza deixou mais 2.200 mil mortos em 2014 e bombardeios israelenses devastaram a região.
Conflito em Gaza deixou mais 2.200 mil mortos em 2014 e bombardeios israelenses devastaram a região. REUTERS/Suhaib Salem
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O objetivo é convencer o TPI a abrir uma investigação sobre crimes de guerra cometidos por Israel. "O Estado Palestino prometeu colaborar com o Tribunal, fornecendo informações pertinentes, e foi o que fizemos hoje", declarou o ministro das Relações Exteriores, Ryal al-Malki.

Os documentos submetidos hoje ao TPI, que contam com estatísticas sobre o comportamento das forças de segurança israelenses, pedem a análise de dois casos. O primeiro deles é o conflito de Gaza, no qual morreram 2.200 palestinos, a maioria civis, e 73 israelenses, especialmente militares. O segundo caso a ser analisado trata da colonização israelense na Cisjordândia ocupada.

Segundo o ministro, a população não está em busca de vingança. "Obter justiça é essencial para as vítimas palestinas, mortas ou vivas", disse Al-Malki.

Supostos crimes de guerra

Criado em 2002, o TPI tem o objetivo de promover o Direito Internacional e julgar responsáveis por crimes contra a humanidade, de guerra e genocídios. Desde o dia 1° de abril deste ano a Autoridade Palestina integra o tribunal, que aceitou receber documentos para realizar uma investigação de supostos crimes cometidos na região a partir de 13 de janeiro de 2014.

Um dos episódios mais controversos do conflito em Gaza foram os bombardeios, realizados por Israel, de escolas da ONU, utilizadas pelos palestinos para se proteger da guerra. Tel Aviv alega que o Hamas escondia armas nesses locais.

A entrega dos arquivos se inscreve em um contexto de confronto diplomático e judiciário em que os palestinos, desesperados pelo reconhecimento de seus territórios como Estado, engajaram diante de instituições internacionais. Mais de 100 nações reconhecem atualmente a Palestina como país. O Vaticano se uniu a este grupo, que inclui o Brasil, em maio deste ano.

 

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