Justiça israelense aprova alimentação forçada a presos em greve fome
O parlamento israelense adotou nesta quinta-feira (30) uma lei que autoriza a alimentação à força dos prisioneiros em greve de fome, caso corram risco de vida. A lei tem como objetivo principal impedir que os palestinos deixem de se alimentar na prisão, como meio de pressionar as autoridades israelenses.
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O texto, aprovado por 46 votos contra 40 em um total de 120 deputados, não menciona explicitamente os palestinos. Mas o ministro da Segurança, Gilad Erdan, afirmou que "as greves de fome dos "terroristas" na prisão se converteram em um meio de ameaçar Israel", o que deixa pouca margem a outras interpretações.
"A lei cria um equilíbrio correto entre o interesse do Estado em preservar a vida de um prisioneiro e seus direitos, assim como sua integridade física", afirmou, por sua vez, David Amsalem, deputado do Partido Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A Lista Árabe Unida, que agrupa os principais partidos árabes no parlamento, denunciou a lei que nega o direito legítimo dos prisioneiros de resistir e protestar.
O governo israelense já havia dado sinal verde em junho de 2014, coincidindo com um movimento de greve de fome que provocou a hospitalização de dezenas de presos. O último caso importante foi o do palestino Khader Adnan, 37 anos, que passou 56 dias sem se alimentar. Ele se tornou símbolo da luta contra a detenção administrativa, um procedimento que admite a prisão sem indiciamento nem julgamento por períodos de seis meses, renováveis de forma indefinida
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