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Israel/Greve de fome

Justiça israelense aprova alimentação forçada a presos em greve fome

O parlamento israelense adotou nesta quinta-feira (30) uma lei que autoriza a alimentação à força dos prisioneiros em greve de fome, caso corram risco de vida. A lei tem como objetivo principal impedir que os palestinos deixem de se alimentar na prisão, como meio de pressionar as autoridades israelenses.

Khader Adnan, símbolo da luta dos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, em uma de suas saídas, em de julho.
Khader Adnan, símbolo da luta dos prisioneiros palestinos nas prisões israelenses, em uma de suas saídas, em de julho. REUTERS/Abed Omar Qusini
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O texto, aprovado por 46 votos contra 40 em um total de 120 deputados, não menciona explicitamente os palestinos. Mas o ministro da Segurança, Gilad Erdan, afirmou que "as greves de fome dos "terroristas" na prisão se converteram em um meio de ameaçar Israel", o que deixa pouca margem a outras interpretações.

"A lei cria um equilíbrio correto entre o interesse do Estado em preservar a vida de um prisioneiro e seus direitos, assim como sua integridade física", afirmou, por sua vez, David Amsalem, deputado do Partido Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. A Lista Árabe Unida, que agrupa os principais partidos árabes no parlamento, denunciou a lei que nega o direito legítimo dos prisioneiros de resistir e protestar.

O governo israelense já havia dado sinal verde em junho de 2014, coincidindo com um movimento de greve de fome que provocou a hospitalização de dezenas de presos. O último caso importante foi o do palestino Khader Adnan, 37 anos, que passou 56 dias sem se alimentar. Ele se tornou símbolo da luta contra a detenção administrativa, um procedimento que admite a prisão sem indiciamento nem julgamento por períodos de seis meses, renováveis de forma indefinida

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