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China/Justiça

China prende 12 pessoas acusadas de envolvimento nas explosões de Tianjin

A polícia chinesa prendeu nesta quinta-feira (27) 12 pessoas por susposto envolvimento nas explosões que deixaram 139 mortos na cidade portuária de Tianjin no último dia 12 de agosto. Entre os detidos estão o presidente e executivos da empresa Rui Hai Internacional, responsável pelo armazenamento dos produtos químicos que causaram a  tragédia.

Local das explosões na cidade portuária de Tianjin, na China.
Local das explosões na cidade portuária de Tianjin, na China. REUTERS/Stringer
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Em entrevistas à rede de televisão estatal chinesa, os dirigentes confessaram ter usado suas conexões políticas para obter autorizações e driblar as normas de segurança do país necessárias para a estocagem de produtos químicos. O ministério público da China também informou que promotores de Tianjin estão investigando 11 funcionários públicos da cidade por abuso de poder e negligência no cumprimento de seus deveres.

Acusados de negligência

Na mira da Justiça chinesa estão o chefe da comissão municipal do transporte, Wu Dai, e o presidente da sociedade portuária Rui Hai Internacional, Zheng Qingyue. Os 11 detidos são acusados de negligência sobre os riscos de armazenamento de produtos químicos.

De acordo com a enviada especial da RFI à Tianjin, Heike Schmidt, as autoridades prometeram uma investigação transparente, mas muitas questões ainda seguem sem resposta. A principal delas é como um depósito pôde estocar 700 toneladas de cianeto, substância altamente tóxica, a alguns metros de dezenas de residências: uma infração grave à lei em vigor atualmente.

O incidente provocou uma onda de indignação no país diante das prováveis violações das normas de segurança por parte da empresa, com a possível conivência de funcionários públicos. As explosões também alimentaram a revolta da população, diante do temor de contaminação da água e do ar de Tianjin, cidade de 15 milhões de habitantes.

Balanço de vítimas

Segundo o último balanço divulgado pelas autoridades locais, 139 morreram nas imensas explosões há duas semanas no porto de Tianjin. Ainda restam 34 pessoas desaparecidas. Outras 582 continuam internadas, 36 em estado crítico.

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