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Afeganistão

Talibãs afegãos admitem que esconderam morte do mulá Omar

Os talibãs afegãos admitiram nesta segunda-feira (31) que esconderam por mais de dois anos a notícia da morte de seu líder, o mulá Omar, e confirmaram que ele faleceu em 2013, como havia anunciado o Serviço de Inteligência do Afeganistão.

Imagem de arquivo do mulá Omar cercado por suas tropas, em 1996.
Imagem de arquivo do mulá Omar cercado por suas tropas, em 1996. AFP PHOTO / BBC TV / BBC NEWSNIGHT / FILES
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Até julho, o grupo continuava divulgando comunicados em nome do mulá Omar, que não era visto em público desde 2001, quando os talibãs foram expulsos do poder no Afeganistão.

No dia 30 de julho, no entanto, os talibãs admitiram a morte de seu líder, mas sem revelar a data, em meio a tensões internas provocadas pela ocultação do falecimento de seu líder.

"Membros destacados do conselho diretor supremo do Estado Islâmico (em referência aos talibãs) e vários especialistas religiosos decidiram, juntos, ocultar a trágica notícia da morte", admitiram os talibãs, que informam a data da morte do mulá: 23 de abril de 2013.

O texto foi incluído em uma biografia publicada nesta segunda-feira pelo novo líder talibã, Akhtar Mansur, que foi o número 2 de Omar.

Em dezembro de 2014, a Otan retirou a maior parte de suas tropas no Afeganistão. Atualmente, há 13.000 soldados no país, dedicados principalmente ao treinamento das forças afegãs e às operações antiterroristas.

A confirmação da morte de Omar e a designação de Mansur como líder provocaram um conflito dentro do movimento talibã, que coincide com o aparecimento do grupo islamita rival Estado Islâmico, ao qual se uniram muitos talibãs.

Alguns líderes talibãs, incluindo o filho e o irmão do mulá Omar, se negaram a jurar fidelidade a Akhtar Mansur porque consideram que sua eleição foi manipulada e muito rápida.

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