Acessar o conteúdo principal
China/Desfile militar

Presidente chinês anuncia corte de 300 mil militares durante desfile

A China celebrou nesta quinta-feira (3) os 70 anos da capitulação do Japão, no fim da Segunda Guerra Mundial com um desfile militar nas ruas de Pequim para impressionar o mundo. Três aspectos marcaram o desfile: a ausência de líderes de grandes potências, que recusaram o convite do governo chinês; as homenagens aos veteranos nacionalistas do Kuomintang, considerados "esquecidos" da guerra; e o anúncio surpresa do presidente Xi Jinping de redução de 300.000 militares, o equivalente a 13% do efetivo militar chinês.

Soldados chineses durante parada militar na Praça Tiananmen, em Pequim, em 03 de setembro de 2015.
Soldados chineses durante parada militar na Praça Tiananmen, em Pequim, em 03 de setembro de 2015. REUTERS/Wang Zhao/Pool
Publicidade

Da correspondente da RFI em Hong Kong, Luiza Duarte

O evento contou com a presença de 30 altos-funcionários de governos estrangeiros e chefes de Estado, entre eles o presidente russo, Vladimir Putin, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma. Líderes ocidentais, como o presidente americano, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, recusaram o convite. O Brasil foi representado pelo ministro da Defesa, Jaques Wagner.

De Hong Kong, quase 300 membros do governo, da imprensa e autoridades próximas ao Partido Comunista Chinês (PCC) viajaram para a capital chinesa para acompanhar de perto as celebrações.

Na Praça da Paz Celestial, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um inesperado anúncio de um corte de 300.000 militares e garantiu que a China “não busca sua ampliação e nem impor sofrimentos trágicos a outras nações". A data da redução de 13% do efetivo militar chinês, o equivalente a duas vezes o tamanho do exército britânico, não foi informada durante o discurso. Xi Jinping lembrou ainda os 35 milhões de chineses que perderam a vida durante o conflito mundial, embora os números de mortos no conflito sejam incertos, variando entre 15 e 20 milhões de pessoas.

A organização e os números do “Dia da Vitoria Chinês” impressionam. Além dos cerca de 12.000 militares, ao todo, 500 veículos e cerca de 200 aviões e helicópteros foram levados para a capital. Mais de 80% desse armamento nunca tinha sido exibido antes ao grande público. Bombardeiros de grande poder de ação e mísseis de diversos tipos, incluindo o DF-21D, conhecido pela sua potência capaz de destruir porta-aviões, mostraram a capacidade militar da China. O país possui atualmente o segundo maior orçamento de defesa do mundo, com fundos de U$ 129 bilhões.
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.