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Egito/Turistas mexicanos

Forças egípcias matam 12 pessoas por engano, inclusive dois turistas mexicanos

A polícia e o exército egípcios mataram 12 turistas e guias turísticos por engano neste domingo (13), durante uma operação contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico na fronteira com a Líbia. Entre as vítimas, há dois turistas mexicanos. Outras dez pessoas também ficaram feridas na ação. O presidente do México, Enrique Peña Nieto, exigiu uma investigação rigorosa sobre o incidente.

Caravana de turistas no oeste do Egito foi confundida com terroristas do grupo Estado Islâmico.
Caravana de turistas no oeste do Egito foi confundida com terroristas do grupo Estado Islâmico. REUTERS/Amr Abdallah Dalsh
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O grupo estava a bordo de quatro pick-ups no deserto da região de Wahat, oeste do país, na fronteira com a Líbia, que é um tradicional reduto de jihadistas. O ministério do Interior não especificou se os carros foram atingidos por disparos de armas automáticas, artilharia ou ataque aéreo. Segundo as autoridades egípcias, a região não é autorizada para turistas.

Dos dez feridos, há cinco mexicanos e cinco egípcios. Eles foram transportados a um hospital perto do Cairo.

Vasta operação

O correspondente local da RFI, Alexandre Buccianti, indicou que as forças egípcias realizam uma vasta operação na fronteira com a Líbia. Ontem à tarde, um comunicado assinado pelos "Soldados do Califado" indicou que o grupo Estado Islâmico tinha resistido a um ataque de militares egípcios na região oeste do deserto. Na perseguição aos extremistas, as forças egípcias se depararam com as pick-ups dos turistas.

O comunicado do ministério egípcio do Interior ressalta que os turistas e os guias estavam em uma área proibida aos civis. O turismo na região ocidental do deserto é submetido a regras estritas de segurança e necessita de uma permissão da polícia, do exército e dos serviços de inteligência do Egito. Além disso, as excursões turísticas nessa área devem ser escoltadas pelas forças de segurança.

Operação já matou quase 300 jihadistas

Desde que o exército egípcio derrubou o presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho de 2013, os grupos jihadistas atacam frequentemente as forças de segurança egípcias, em vingança pela repressão anti-islâmica lançada pelas autoridades após o golpe. No total, 296 jihadistas e oito soldados morreram desde o início desta vasta ofensiva, lançada na última segunda-feira (7).

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