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Nova York/Assembleia

Acompanhe as ações dos líderes mundiais na sede da ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou neste sábado (26) uma iniciativa de US$ 25 bilhões pelos próximos cinco anos para ajudar a acabar com as mortes que podem ser evitadas de mulheres, adolescentes e crianças. Durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, vários países se comprometeram com metas financeiras e ambientais para diminuir a pobreza e preservar o planeta. O assunto mais quente do dia foi, no entanto, a movimentação diplomática nos bastidores para encontrar uma solução à guerra na Síria.

A sala da Assembleia-Geral da ONU em Nova York.
A sala da Assembleia-Geral da ONU em Nova York. REUTERS/Mike Segar
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A Estratégia Global para a Saúde de Mulheres, Adolescentes e Crianças tem como meta pôr um fim ao problema até 2030. A proposta faz parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados ontem pelos Estados-membros das Nações Unidas.

Brasil, Alemanha, Índia, Japão (G4) - Reunidos hoje em Nova York, os líderes do G4 defenderam, por unanimidade, uma reforma urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CS). A prerrogativa mais importante do órgão, considerado obsoleto, é tomar decisões sobre intervenções militares, com poder de veto. Em um comunicado conjunto, a presidente Dilma Rousseff, a chanceler alemã, Angela Merkel, o premiê indiano, Narendra Modi, e o japonês, Shinzo Abe, ressaltaram que um "Conselho de Segurança mais representativo, legítimo e eficaz é mais necessário do que nunca para lidar com os conflitos e crises globais, que têm proliferado nos últimos anos".

O G4 destaca que mais Estados-membros têm capacidade e disposição para assumir maiores responsabilidades em relação à manutenção da paz e da segurança internacionais". A reforma do órgão é adiada há mais de uma década pela maioria dos membros permanentes, que são Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China. Só a França considera a reivindicação legítima.

França, Síria - Pela primeira vez, o governo francês defendeu negociações com o regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, sem condições pré-estabelecidas. O chanceler francês, Laurent Fabius, declarou na ONU que Assad "é o primeiro responsável pelo caos atual", mas a saída dele do poder "não deve ser um obstáculo às negociações para a formação de um governo de transição na Síria".

O assunto é discutido em Nova York pelos ministros das Relações Exteriores da França, Estados Unidos, Rússia, Irã, Iraque, Turquia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Aumenta o temor entre os ocidentais de que a Síria seja devorada pelo autoproclamado Estado Islâmico. A crise dos migrantes na Europa "acordou" os líderes. Só ontem mais 10.000 pessoas entraram na Croácia, um novo recorde.

Estados Unidos, Rússia, Irã - Os Estados Unidos e diplomatas ocidentais tentaram improvisar uma estratégia diplomática para acabar com a guerra na Síria, após o último golpe sofrido pela Casa Branca em seu plano militar. O Pentágono admitiu que o último grupo treinado por oficiais americanos para entrar na Síria entregou um quarto de sua equipe, bem como as armas, para a Al-Qaeda. Em contraste com os medíocres esforços dos Estados Unidos para reforçar seus aliados no território sírio, Irã e Rússia enviaram reforço militar ao regime de Damasco.

Depois de se reunir com o chefe da diplomacia iraniana, Mohammad Javad Zarif, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse que a Assembleia-Geral da ONU "será uma boa ocasião para resolver certos conflitos difíceis no Oriente Médio, como os da Síria e do Iêmen".

China - Entre as falas marcantes deste sábado na sede da ONU, o presidente chinês, Xi Jinping, prometeu US$ 2 bilhões para um novo fundo de desenvolvimento, além de US$ 12 bilhões de investimentos nos países pobres até 2030. Durante a Cúpula de Desenvolvimento Sustentável, Xi declarou que a China "colocará a justiça à frente dos interesses particulares e se unirá a outros países" na agenda pós-2015.

Cuba - O presidente cubano, Raúl Castro, também discursou de surpresa na Cúpula e exigiu o fim do embargo americano à ilha. Castro acusou a política dos Estados Unidos de ser "o principal obstáculo ao desenvolvimento econômico de Cuba".

Uruguai - O governo do Uruguai pediu uma mudança nos padrões de produção e comércio que movem a economia mundial. Em outras palavras, diminuir o consumismo para alcançar as novas metas de desenvolvimento sustentável acordadas pelas Nações Unidas. "A tarefa de ir mudando os modelos vigentes de desenvolvimento pautados pelo berço do consumismo é a única forma de conseguir o que nos propusemos", disse a ministra do Meio Ambiente uruguaia, Eneida de León, na sede da ONU em Nova York.

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