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Síria/Guerra

Otan se compromete a proteger Turquia diante da campanha russa na Síria

Os ministros da Defesa dos 28 países membros da Otan, a Aliança Atlântica, debatem nesta quinta-feira (8) as tensões provocadas pelo apoio de Moscou ao regime sírio de Bashar al-Assad, em especial as violações do espaço aéreo da Turquia por aviões russos. A reunião acontece na sede da entidade, em Bruxelas.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg. REUTERS/Francois Lenoir
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"Observamos uma escalada inquietante das atividades militares russas na Síria. Vamos analisar os últimos acontecimentos e suas implicações para a segurança da Aliança", declarou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

"A Otan é capaz e está pronta para defender todos os seus aliados, incluindo a Turquia, contra qualquer tipo de ameaça", declarou o secretário-geral quando foi interrogado sobre a possível extensão da mobilização das baterias antimísseis Patriot na Turquia. A Otan mobilizou os Patriot no território turco para prevenir qualquer extensão do conflito sírio ao país vizinho.

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Ashton Carter, presente à reunião, disse que a Rússia "começará em breve a perder soldados na Síria". 

Ofensiva russa

O exército sírio confirmou ter iniciado uma ofensiva com apoio aéreo russo contra territórios nas mãos das forças rebeldes, em uma escalada que preocupa a Otan pelo crescente apoio de Moscou ao regime de Damasco.

A Rússia, que realizou hoje novos bombardeios, em especial em Hama, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), advertiu que suas operações "estarão sincronizadas com as operações terrestres do exército sírio".

Desde o início de sua intervenção militar na Síria, em 30 de setembro, a Rússia realizou bombardeios a partir de aviões de combate e navios situados no mar Cáspio. Moscou afirma que os bombardeios diminuíram a capacidade de combate do EI (a organização Estado Islâmico) e de outros grupos terroristas, o que na verdade são opositores do regime sírio. Nos últimos meses o exército sírio havia sofrido vários revezes ante os grupos rebeldes.

Segundo o OSDH, os bombardeios russos ocorreram na província costeira de Latakia, reduto do regime, e em Hama, especialmente no setor de Sahl al-Ghab, uma planície da qual o exército sírio tenta desalojar uma coalizão de rebeldes islamitas e da Al-Qaeda. Nesta mesma província os rebeldes derrubaram um helicóptero militar, segundo o OSDH, que não informa se a aeronave era síria ou russa nem o que ocorreu com seus ocupantes.

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