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EI reivindica atentado que matou governador de Aden, no Iêmen

O grupo Estado Islâmico reivindicou um atentado que matou o governador da região iemenita de Aden na manhã deste domingo (6). Jaafar Saad se deslocava em um comboio de carros por uma zona residencial do distrito portuário de Tawahi, quando um carro bomba estourou em meio à comitiva. Ele estava acompanhado de seguranças e, de acordo com testemunhas, o ataque fez várias vítimas. Ainda pairam dúvidas sobre o número preciso de mortos.

Curiosos observam local onde um carro bomba matou o governador de Aden, Jaafar Mohamed
Curiosos observam local onde um carro bomba matou o governador de Aden, Jaafar Mohamed REUTERS/Nasser Awad
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Em um comunicado publicado no Twitter, o grupo Estado Islâmico ameaça promover novos ataques e garante ter matado, além do governador, oito seguranças. De acordo com o chefe das forças de segurança de Aden, o general Mohamed Mussad, o atentado fez sete vítimas, contando com Saad.

Esta é a segunda investida da organização jihadista contra a cidade de Aden, que virou a capital improvisada do país, depois da tomada de Sanaa por milícias xiitas houthis.  No dia 6 de outubro, membros do grupo Estado Islâmico promoveram uma série de ataques contra prédios militares e contra a sede provisória do governo iemenita.

O bairro de Tawahi é particularmente delicado, dada a presença ostensiva de grupos jihadistas armados, principalmente da rede al-Qaeda, que entram em confrontos quase diários com a polícia militar. De acordo com uma fonte policial, o presidente do tribunal encarregado dos casos de terrorismo, Mohsen Mohamed Alwane e quatro guarda-costas, foram mortos em Aden no sábado, quando se deslocavam de carro pela cidade. Essa mesma fonte, informou que um coronel da polícia também foi assassinado, mas nenhum destes ataques foi reivindicado.

Missão da ONU

O atentado deste domingo acontece um dia depois da visita de um mediador da ONU ao Iêmen, imerso em um conflito entre as forças do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, apoiadas por uma coalizão árabe, e os houthis, que têm o Irã como aliado. Há várias semanas, a ONU tenta estabelecer um calendário para as negociações que poderão encerrar politicamente essa guerra que já matou 5.700 pessoas - quase metade, civis.

No sábado, o delegado das Nações Unidas, Ismail Cheikh Ahmed, afirmou que a data para uma reunião entre as partes em Genebra deve ser anunciada "nos próximos dias". Mas uma fonte próxima à presidência iemenita reconheceu que a missão da ONU foi difícil por conta da resistência dos rebeldes em implementar uma resolução do Conselho de Segurança que prevê sua retirada do território ocupado.

Ou, nas palavras do chanceler Abdel al-Mekhlafi, "os golpistas se recusam a largar as armas e deixar o governo trabalhar" em Sanaa. "Eles anunciaram sua lista de negociadores e estão tentando escalar o conflito no terreno, bombardeando zonas residenciais", principalmente em Taez, uma cidade estratégica no sudeste do país que está ocupada pelos houthis e seus aliados. Na semana passada, o governo enviou às Nações Unidas uma moção de condenação aos "massacres e atrocidades" que teriam sido cometidos pelos rebeldes em Taez, incluindo os assassinatos de 33 civis na semana passada.

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