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Mais jornalistas são reféns no mundo, diz Repórteres Sem Fronteiras

Cinquenta e quatro jornalistas continuam como reféns em todo o mundo no fim de 2015, mais que os 40 de 2014. No entanto, aconteceram menos sequestros que no ano passado, afirma o relatório anual da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O balanço não inclui os jornalistas mortos em 2015, um número que será anunciado pela RSF no final de dezembro.

Jornalistas da AFP no aerporto de Donetsk, Ucrânia, em setembro de 2014.
Jornalistas da AFP no aerporto de Donetsk, Ucrânia, em setembro de 2014. AFP PHOTO/PHILIPPE DESMAZES
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O aumento do número de jornalistas reféns (54, incluindo uma mulher) é explicado pelos sequestros no Iêmen, abalado por uma guerra, de acordo com a ONG. A Síria é o país com o maior número (26) de jornalistas reféns sequestrados por grupos não estatais, incluindo o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), que mantém 18 profissionais da imprensa em cativeiro na Síria e no Iraque.

"Em algumas zonas de conflito está em desenvolvimento uma autêntica indústria dos reféns", lamenta Christophe Deloire, secretário-geral da RSF, citado em um comunicado.

Entretanto, o número de jornalistas detidos (153) diminuiu em comparação com o ano passado (-14%), assim como o número de jornalista sequestrados (79, 34% a menos que em 2014).

"China, Egito, Irã e Eritreia continuam sendo as grandes prisões do mundo para os jornalistas", indica a RSF.

Situação mais calma na Ucrânia resulta em menos sequestros

A ONG atribuiu a queda do número de sequestros à situação melhor do conflito na Ucrânia, que no ano passado concentrou a maior parte dos sequestros (nenhum em 2015).

Este ano, oito jornalistas foram considerados desaparecidos, segundo a RSF, que explica que um profissional é declarado desaparecido "quando não há elementos suficientes para determinar se foi vítima de um homicídio ou de um sequestro e não existe nenhuma reivindicação verificável".

Oriente Médio e o norte da África são as regiões com o maior número de jornalistas desaparecidos. "A incerteza que existe sobre o destino dos desaparecidos é uma temível arma de dissuasão para os que querem trabalhar em zonas de risco", afirma a organização.
 

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