Repórteres Sem Fronteiras: liberdade de imprensa piorou entre 2013 e 2016
A liberdade de imprensa registrou “uma degradação profunda e preocupante” no mundo entre 2013 e 2016, lamentou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), nesta quarta-feira (13). A declaração é uma prévia do relatório anual que será divulgado na próxima semana.
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Desde 2002, a RSF elabora um índice para avaliar o desempenho geral dos países em matéria de liberdade de imprensa. No ano passado, o Brasil ficou em 99ª posição entre as 180 nações estudadas.
Entre as causas que podem explicar a queda, a ONG cita distúrbios políticos na Turquia e Egito, com muitas transgressões de leis e tomada de controle de meios de comunicação, que acontece inclusive na Europa, como foi o caso da Polônia. Outros fatores citados pela RSF são situações cada vez mais tensas em termos de segurança, como na Líbia, no Burundi e no Iêmen.
ONG alerta para perigo de ideologias hostis à liberdade
“Diante de ideologias – principalmente as religiosas – hostis à liberdade de informação e de grandes aparatos de propaganda, a situação da informação independente é cada vez mais precária tanto no setor público quanto no âmbito privado”, indicou o documento da Repórteres Sem Fronteiras.
Em todas as partes do mundo, “oligarcas compram meios de comunicação e exercem pressões que se juntam às dos Estados”. Alguns governos suspendem o acesso à Internet e destroem redações e emissoras dos meios de comunicação que incomodam.
O ranking se deteriorou em todos os continentes. “Nas Américas, a queda violenta, de 20,5%, se deu principalmente por causa de uma América Latina marcada por assassinatos e ataques a jornalistas no México e América Central”.
O desemprenho negativo também é registrado na Europa e nos Bálcãs, onde a situação piorou 6,5%, “devido ao poder crescente de movimentos extremistas e de governos ultraconservadores”, declarou a RSF.
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